POESIA INFANTIL / INFANTO-JUVENIL
GERALDO COSTA ALVES
(1919-1973)
Membro da Academia Espírito-santense de Letras.
Geraldo Costa Alves nasceu em Muriaé, no Estado de Minas Gerais, em 03/10/1919, filho de José Paulino Alves Júnior e de Honorina Costa Alves. Primeiros estudos no Ginásio "Barão de Macaúbas", em Gaçuí, Espírito Santo. Secundários no Ginásio Municipal de Alegre e no Colégio Estadual do Espírito Santo, em Vitória. Curso superior na Faculdade de Direito de Niterói, Rio de Janeiro e de Letras Neolatinas na Universidade de Goiás. Lecionou Latim e Português em vários estabelecimentos de ensino, em Alegre, Cachoeiro de Itapemirim e em Vitória, no Colégio Americano, Ginásio "Maria Ortiz" e Escola Normal Pedro II. Nota da organizadora deste site: "Geraldo Costa Alves foi meu professor de Latim, no Ginásio Maria Ortiz. Inspetor Federal do Ensino Secundário concursado, chefe do Centro de Educação Média, na capital federal. Estudou nos Estados Unidos por um ano, como bolsista. Em 1948, na "Quinzena de Arte Capixaba", foi eleito Príncipe dos Poetas Capixabas". Contista premiado por diversas revistas literárias do país. Poeta, jornalista. Colaborou em diversos jornais e revistas do Estado e do país como por exemplo A Gazeta, A Tribuna, O Diário, Vida Capixaba, Correio Brasiliense. Na Rádio Educadora de Brasília manteve um programa literário chamado "Instantes de Poesia". Autor de inúmeras traduções de poemas em francês, preferentemente de Lamartine, e em castelhano. Verteu para o vernáculo um livro didático de Samuel Reinach. Membro da Academia Espírito-santense de Letras, onde ocupou a cadeira n. 04, cujo patrono é Ulisses Teixeira da Silva Sarmento. Em sua homenagem, a Prefeitura Municipal de Vitória deu seu nome a uma rua do bairro Maria Ortiz. Faleceu em Brasília, a 31/01/1973.
Obras: "Jardim das Hespérides" (poesias)- Capa de Raul Pederneiras)- Vitória, 1943; "Sinfonia das ruas de Vitória" (poema a quatro mãos - em colaboração com Ciro Vieira da Cunha, Celso Bonfim e Eugênio Sette, Vitória, 1944; "O Latim sem choro" (tradução) 1949; "Fábulas de Fedro" (tese) 1949; "História da Escola Normal "Pedro II" 1959; "A árvore"(poesias), 1966; "Cantares" (trovas); "Vilão Farto" (poemas); "Em louvor dos poetas" (crônicas); "Cem quadras" 1965
FONTES: Torta Capixaba I 1962
A Poesia Espírito-Santense no Século XX, organização, introdução e notas de Assis Brasil, 1998
ALVES, Geraldo Costa. Cem quadras. Vitória, ES: Livraria Âncora, 1965. 95+7p 13,5x19,5 cm. “ Geraldo Costa Alves “ Ex. Biblioteca Nacional de Brasília, doação de Decamor Moraes.
Fonte: http://ultradownloads.com.br/papel-de-parede/Lendo-na-Arvore/
A ÁRVORE
III
Da árvore, sempre nos vem,
de bondade, uma lição.
Mesmo sem flores e frutos,
lá deixa a sombra no chão.
VI
Às árvores, amei tanto...
Mas peço a elas perdão,
Pois do lenho de uma delas
vai ser feito o meu caixão.
MINHA VIDA
II
Minha vida de Poeta...
Quem não a sente, em verdade?—
Ontem, versos de esperança;
hoje, versos de saudade...
NA PARTILHA DA VIDA
Uns, na partilha da Vida,
possuem mais, outros menos...
Não tenho inveja dos grandes,
mas compaixão dos pequenos.
MISTÉRIOS
Bricavam... Eram dois os meninos: um rico
e outro pobre. Mas quem este enigma descobre:
Vi que o pobre admirava o brinquedo do rico;
vi que este ambicionava o brinquedo do pobre!
Fonte: http://jardimcrianca.blogspot.com.br/2013/08/brinquedos.html
Página publicada em março de 2017