VAMO-NOS
Poema de Antonio Miranda
Foto de Bert Danckaert
Figuraram um pacto de morte
— a la mierda, queremos ir-nos
sem deixar rastro e propriedades
Um gato de soslaio observava
sonhando com comida e carinho
enquanto o vento destapava
horizontes e eles comprometidos
— Valha-nos Nossa Senhora, cerca
cada de anjos sem asas, as
sustados, lendo diários atrasados
—Vamos, é hora de acabar
com este poema barato, vamos!
Disparos: e seguiremos juntos:
estrelas mais adiante, perquirição.
Lima, 18-04-2013
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