SANTO DE CASA
Poema de Antonio Miranda
Para Márcia de Moura Castro
Nem tanto pela devoção.
Uma relação promíscua com o santo
familiar, a quem se pedia tanto
e se punia e blasfemava
quando nada acontecia...
Santos afogados, emborcados, enterrados...
Escapulários e figas-de-guiné
um certo ou incerto fetichismo
(animismo e até animalismo)
mesclado ao culto de Deus
e nossa paixão pelo Encarnado
num sincretismo de terreiro
e pajelança.
Fragmentos do poema “Fator de União Nacional” da obra inédita TERRA BRASILIS, utilizados no catálogo da magnífica exposição “Santos de Casa – Coleção Márcia de Moura Castro”, na Galeria de Arte COPASA, Belo Horizonte, de 12 a 30 de julho de 2006. |