RODOVIÁRIA DO PLANO PILOTO
Poema de Antonio Miranda
Fotografia de Robson Corrêa de Araújo
concluindo: voltar, recomeçar.
da janela do ônibus avisto o mar
mas não há mar algum aqui:
brasília
um mar, sim, em ondas
pelo planalto central
(quem sobreviver
verá)
hordas humanas fervilhando
na rodoviária — formigueiros no
cerrado; horizonte infinito
os brasis chegam de ônibus
— pedestres caminh
ando entre desconhecidos com
quem me identi
fico: domésticas
desempregados, meninos-de-rua
semáforos
de ônibus é que vamos ao Brasil
(Brasília, 21/3/2008)
VEJA MATÉRIA SOBRE A VERSÃO EM VIDEO DO POEMA APRESENTADO DURANTE O FESTIVAL BRASILEIRO DE CINEMA DE BRASILIA 2009 |