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O FIM  COMO PRINCÍPIO

 

Poema de Antonio Miranda

Ilus. de José Campos Biscardi

 

 

No Princípio          

era a Metafísica

e a ela volveremos

como Anti-Matéria

aqui na Terra

como no Céu.

 

Entretanto

rezamos

versículos

e comeremos

e cagaremos

montículos

que logo serão

montanhas

de terra sobre

terra.

 

Nós, degredados

degradados

filhos da terra

— maçã, matéria

malsã —, nós

despossuídos

postergados

aos Sete Círculos

do Inferno

eterno

—recapitulemos:

antes do Juízo

terrenal porque

mortal.

 

Afinal, vamos

em busca do Prejuízo

pré do pré do pré

e pontificaremos

— escrituras,

constituições

partituras

em marcha-a-ré

em procissões

em canto

em profissões de fé

e desencanto.

 

Após,

apenas

pó.

 

Haja alívio, sortilégio

haja paz neste vale

de promessas inválidas

como crisálidas jamais

libertárias.

 

Neste mundo

—vasto mundo

fim-do-mundo

imundo, no fundo

do poço.

 

Nós, infames

filhos de Eva

filhos-da-Égua

primeva

— vexames!!! —

exilados

condenados

a este

mundo

vil

maravilhoso!

 

 

 

m a r a v i l h o s o

a r a v i l h o s

r a v i l h o

a v i l h

 

v i l

 

h l i v a

o h l i v a r

s o h l i v a r a

o s o h l i v a r e m

 

 

             Extraído de PERVERSOS. Brasília: Thesaurus, 2003

 

 

 

 




 

 

 
 
 
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