MEMÓRIA DO SER
Poema de Antonio Miranda
Das vastidões de mares esquecidos
sobrados, ancoradouros
juramentos preteridos –
o homem à beira do desassossego
renúncias, rancores, talvez amores
esmaecidos.
A vida passada a limpo.
Clamores, vozes soterradas no abismo
releituras, livros abandonados
baús profanados, temores.
O homem diante de si.
Haja palavras para averbar memórias
pródigas, peremptórias
redentoras.
Diários delirantes, saudades
dilacerantes
sentimentos errantes.
Haja fé, discernimento.
Haja paz.
Colinas ondulantes, horizontes.
Antonio Miranda junto ao muro da Chácara Irecê, Goiás, Brasil.
Foto de Juvenildo Barbosa Moreira. (2004)
Ouça o poema “MEMÓRIA DO SER” de Antonio Miranda, na voz de Antonio Romane: https://poesiatododia.podbean.com/e/antonio-miranda-%e2%9c%a6-memoria-do-ser/
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