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ECO

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Poema de Antonio Miranda

Xilogravura de Fernando Barreto

 

                   Para Helder Macedo

Quero um instante sem alarde, uma tarde
sem antes, um vai-e-vem sem  (...)
um ser e estar com (...) (...) e
depois recomeçar. Assim, porque sim.

Aí eu encontro aquela figura apagada na parede
aquele eco de nenhuma voz, clemente.
Voz instalada lá onde eu não queria, que diz
o que não ouço.  Vou mesmo é sem voltar.

Talvez nem exista parede nem eco
mas sempre há parede e eco por onde vamos.
Minhas paredes formam um labirinto
que mais cresce se tentamos sair dele.

Agora somos nós. Eu e você. Ouço seu arfar
num caminhar comigo e com quem seja.
A gente não escolhe. Acontece. Desfaz-se.
Penso que estamos irremediavelmente sós.

Figura apagada na parede é um contra-senso.
Ainda bem. Figura do não mais, por apagada.
Memória do não ser. Parede, muito menos.
Assim construímos nosso labirinto de eco.

 

                        Brasília, 16/05/2009


 

 

 
 
 
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