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CRISE


Poema de Antonio Miranda

Ilustração do autor*


Tem um anti-herói - Macunaíma - levitando no Congresso.

Os intelectuais estão mudos, perplexos
monologando sobre a utopia corrompida
relendo manifestos. Paquidermes ressentidos.

Os políticos sangram, desencantam
(quem foi estilingue virou vidraça)
sugam as entranhas do poder
num inferno a céu aberto.
Em posições trocadas, os canalhas
em espelhismos e disfarces sutis
exorcizam fantasmas redivivos
- ou seriam mortos-vivos
canibalizados.

Um batráquio atônito discursa
para as colunas surdas
para ouvir o próprio eco.

Não, não e não!!! é o bordão
dos acusados. Ato falho, coerção
enquanto os jornalistas sádicos
regozijam, triunfantes
sobre os escombros.

Os urubus planam ávidos
sobre a esplanada desconcertante
e os ratos roem os alicerces
precários.

Os banqueiros estão blindados
mas assustados.
Os militares cegos, os religiosos surdos
e os juizes calados.

A população aturdida
- enquanto a lama medra -
não entende mas pressente
a véspera do nada.




Brasília, 3 de setembro de 2005

*"Estrutura" Bandeira do Brasil, trabalho em cimento armado colorido, de autoria de Antonio Miranda, construido na Chácara Irecê, no município de Cocalzinho, Goiás.

 


 

 

 
 
 
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