Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


TRANSIÇÃO

               Poema de Antonio Miranda

Morte
negra e cintilante
incensos de Hamlet
olhos mefistofélicos
gestos de sílfide
Esguia e marota...
Dramática, triangular, etérea.
Galáxias e magia negra.
Abraço de bruxa desdentada em noite escura,
noite escura como as noites de divagação e
tédio.

Negra, triste, noite, tedio, morte.
Triste.
Mulher moribunda,
cadavérica, desnuda como a própria alma...
Teatro de formas, de luza, de reflexão.
Mulher desgrenhada, voltada para si.
Passado e presente.
Só.
Consciência? Consciência.
Peso de pecados de formas e cores várias.

Mar de prantos, sulco de lágrimas.
Cânticos de anjos: foi mãe,
Silvo de cobras: foi cobra.
Foi cobra e foi mãe.

Linha reta,
traço de união.
Assimetria de linhas de dor e medo,
átomos e confusão de matéria.
Aqui o presentes
Lá...

Foi cobra e foi mãe
Traço de união
—aqui o presente e lá... —
entre o nada, a vida e nada, o além...
Foi cobra e foi mãe.

Rio de Janeiro, 1958
escrito aos 17 anos de vida.

 

Ilustração gerada por IA, por  
Nildo Moreira, em 2025.


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar