SÓ
Poema de Antonio Miranda
Nesta página ninguém está a salvo,
alvo de chacota e da humilhação.
Em vão soçobra em sua mágoa
e à deriva busca a remissão.
Ao léu foragido nesse mundéu
Perdido e mal pago em nau
sem rumo e sem prumo, em mau
tempo, a destempo, vago ao léu.
Sozinho, sem côrte e sem vizinho,
adivinho sua sorte sujeito à morte,
sem jeito e em vão coorte.
Segue montado em seu jegue
assustado, temeroso fariseu.
Jamais resolvido, e nada mais...
Madrugada, 26.07/2015
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