CICLOS
Poema de Antonio Miranda
O rio é uma coisa viva
como uma serpente,
uma nuvem em estado líquido.
Sem estribeiras,
destruindo choças e roças
ao longo das ribeiras.
Penitências.
O rio é vingativo
e violento
quando se vê encurralado
mas as cheias
depositam húmus sobre as terras
de plantio.
2006 (aos 66 anos idade )
Ilustração gerada por IA, por
Nildo Moreira, em 2025.
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