ABSORTO
Poema de Antonio Miranda
Nelson vivia absorto
dentro de um terno de defunto.
Não falava nem ouvia.
Devia contrapor as sensações
que estão em tempos diferentes
e em espaços sem contiguidade
inteligindo
sem a razão do entendimento.
1980?
Ilustração gerada por IA, por
Nildo Moreira, em 2025.
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