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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

MARCELO DÉDA

(1960-2013)

 

Marcelo Déda Chagas (Simão Dias, 11 de março de 1960 — São Paulo, 2 de dezembro de 2013) foi um advogado e político brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Com carreira política em seu estado natal, Sergipe, ele foi deputado estadual e federal. Em 2000 foi eleito prefeito de Aracaju, cargo que ocupou de 2001 até 2006, quando renunciou para disputar o governo estadual. Elegeu-se governador de Sergipe naquele ano e foi reeleito em 2010, cargo que ocupou até sua morte. (...)

Faleceu às 4:45 (hora de Brasília; 3:45, hora em Sergipe) do dia 2 de dezembro de 2013 no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Fonte: wikipedia

                                                                    

DÉDA, Marcelo.  Improvável poética.  Rio de Janeiro: Imago, 2014.  93 p.  17,5x24,5 cm         ISBN 978-85-3122-1141-6

 

         EX-VOTO

             Sobre um quadro de Antonio Maia

O teu destino está explícito:
és propositura e prova do impossível.
Mudo a tudo,
à vida imune,
és o lenho inerme
onde se esculpe o espanto.

Diante do lume
de cem mil velas
teus olhos são sombras —
brilho exilado.

Na pele nodosa da tua essência
imprime-se o pacto da tua existência:
proclamas a inesperada maravilha,
mas jamais serás tu, per se, o milagre.

Se te toca, então, o assovio azul
do improvável pássaro,
enervando-te a dura derme,
está violada a arcaica avença:
floresce em ti, madeira morta,
coroa de inverossímeis avencas.

Rompido o fio da tua sina de mero artefato,
operou-se a dramática transubstanciação:
deixastes de ser matéria que se quis prenda
para renascer na abstrata inteireza da lenda.

                                Outubro de 2012

 

         XADREZ

Um coito afoito
um gozo agônico,
um jogo aflito:
peças e vidas postadas
num tabuleiro em conflito.

Sob uma ação planejada
a batalha ganha sentido:
da torre a sorte é lançada;
na praça um rei abatido.

 

        TARDE

O sol somou-se à sombra do homem
E tomou o curso da água.

A maré encrespou-se em gris
E o vento já não a molestava.

A garça viu a tarde arder em despedidas.
Do grito fez o canto: o vo                                                                                                                                             o se fez espanto.

       

Página publicada em junho de 2017

 


 
 
 
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