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Fonte: aquiacontece.com

LUCIANO ROCHA

 

Luciano Santana Rocha nasceu em Penedo – Alagoas, em 1965.

 

ROCHA, LucianoBecos, cantares e outros poemas.  Aracaju, SE: Textopronto – Gráfica & Editora Ltda, 2004.   132 p.  15x21 cm.  Capa: Ilustração e capa: Joaquim S. Santos.  “Luciano Rocha “Ex. bibl. Antonio Miranda

 

O oratório

Miserere, Domine!
A implorar em rogos, em lágrimas, em sangue,
Algemados, ancorados em suas correntes.
Vejo-os de joelhos, almas penadas
De Nossa Senhora das Correntes
Na ladeira hoje quando desço.

Escravos
Da miséria, da escravidão,
Dos paus- de- arara dos engenhos,
Fugidos da canga, da senzala,
Daqueles vetustos tempos.

Outros por roubos de animais
Até por mulheres dos senhores coronéis,
Por atentados a autoridades ...

Alguns por crimes bárbaros.
No coração da praça publicamente,
Mártires em holocausto.

No coração da praça publicamente
Eram executados, enforcados...
Mansos cordeiros pendurados.

Da última súplica dos condenados
Simplesmente o altar mor
Daqueles de ontem, de hoje,
Quiçá de amanhã ...

Das velhas embarcações,
Dos tempos do Barão de Penedo|
Segundo as estórias dos meus ancestrais,|
Seguro porto.                

                                            12/12/99

As mãos dos poetas
 (Canto IV)

Luz do mundo, sal da terra ...
Mentes moradas, portos de sonhos,
De versos florinhas no jardins da terra.
Ecos profundos, sementes brotadas
Nos corações dos homens ressequidos.
Frutos dóceis, rios contra da morte as secas.
 Sóis de primavera contra de lama os charcos.

Limpas de sangue, vazias de cobiça ...
Olhos, passos, risos, cantos de moleques livres.
Gritos em rebentos,
Veios d' água no seio da terra árida.

 

Dias Contados
(Ciências versus mito)

Culturas, fauna, flora devastadas.
Carência d'água, de medicamentos, d'ar puro, d'alimentos ...
Povos, reservas indígenas extintos, genocídio ...
Quais os culpados?
Sonhos, liberdades esmagadas, podres uvas,
Resto de mata Atlântica, mares, rios, camada d'ozônio.
Poluição, temperatura a mil, agonia planetária.
Capitalismo selvagem, mais valia, mercado, consumo,
Violência, corrupção, invenções genocidas.
Guerras étnicas, fome, miséria, pauperização, exclusão.
Era científica, Física Quântica, deus sapien-demens ...
Dinheirolatria.
Morte ao imagético, ao poético, ao simbólico, ao estético ...
Pós-modernidade objetiva, desencantada, racional
mecanicista, anti-mítica, anti-imaginal, midiática,
burocrata, moralista, machista, intolerantemente formal.

Que caminho prosseguir? O que nos resta?
Um grito, uma fala, um só instante?
Quem nos ouvirá enquanto é tempo
Nesse escuro, nesses dias contados?

 

Página publicada em dezembro de 2015.

 


 

 

 
 
 
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