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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

IARA VIEIRA

 

Iara Santos Vieira, sergipana de Aracaju, onde nasceu em 09 de abril de 1949. Formou-se em Letras pela Universidade Federal de Sergipe. Desenvolveu importantes projetos na área cultural do Estado, promovendo cursos seminários e coordenando oficinas literárias. Estreou na poesia em 1977 com o livro "Ruínas". A partir daí, publicou outros livros: "Interiores" (1982); "Esses tempos ad/versos" (1984); "A fome do paraíso" (1994) e "O coro da Serpente" (2001). Participou das seguintes antologias: "Ensaios V", SP (1981); "Poesia Jovem: anos 70", SP (1982); "Antologia da Nova Poesia Brasileira", RJ, (1992); "Poesia livre", Ouro Preto (1982) e "Poesia Sergipana no Século XX", RJ (1998). Foi premiada nos seguintes concursos: "Veia Poética", SP (1981); "2° Concurso Mackenzie de Poesia", SP (1981); "XII Concurso de Poesia Falada do Norte/Nordeste", Aracaju, 1983; "Prêmio Escriba de Poesia Piracicaba", 1999; "2° Concurso Internacional de Poesia Mulheres Emergentes", Belo Horizonte (1999). Iara Vieira faleceu em 19 de setembro de 2003, antes de vir a lume sua obra "ÍNTIMA HUMANIDADE" - editado pela Secretaria de Estado da Cultura de Sergipe em dezembro de 2003. Sua obra apresenta valor inconteste e presta relevante contribuição à cultura das letras no Brasil, por meio de sua criação poética e inovações de estilo e linguagem.

 

Foto e texto reproduzidos do site: academiagloriensedeletras.org

 

 

 

FRATERNA

 

Simples a intenção. Te poupar dos desastres
a que tua cegueira leva.
Poupar-te da hora amarga,
do inoportuno gesto.

 

Querer, com minha ternura, converter-te,
lembrando o ventre, a correnteza, o ninho,
a mesa posta, à espera do possível milagre.

 

Esquecer as divisas
que calam nosso próprio laço,
inviabilizando o diálogo de sangue.

 

Esperar a ressurreição do corpo,
o entendimento da carne, a palavra
definitiva que irá nos redimir da cruz.

 

          

 

 

POÉTICA 

 

O segredo de minha força
não está nos meus cabelos
sequer no mel que apazigua
a minha fala.

 

O segredo de minha força

não está no pão

que não consigo, pela fé,

multiplicar.

 

 

O segredo de minha força
não está no cálice que
nega o vinho e este
a boca que se oferece.

 

O segredo de minha força
está nas asas deste pássaro
prestes a decolar
esperando meu consentimento.

 

 

                (De Esses tempos ad/versos - 1984)

 

 

 

 

LIÇÃO DE CASA

 

Quando atravesso a cozinha
e vejo os peixes em postas
penso na criação.
Como retalhar o poema
e retirar de cada verso
as escamas
sabendo o momento exato do sal.
E esperar — coração desesperado —
a aprovação do ofício.

 

                   (De A fonte do paraíso – 1994)

 

 

 

 

Página publicada em janeiro de 2020


 

 

 
 
 
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