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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

ELZEÁRIO DA LAPA PINTO

 

 

 Elzeário Prudêncio da Lapa Pinto nasceu em São Cristóvão (SE), a 28 de abril de 1839,filho do capitão José Pinto da Cruz e D. Maria de S. José da Lapa Pinto. Na terra natal, dedicou-se ao magistério.Em breve, abandonou-o para dedicar-se ao funcionalismo público, nomeado praticante do Tesouro Geral da Fazenda ,conseguindo acessos na carreira..transferiu-se para a Bahia, e exerceu o cargo na Recebedoria de rendas.Abandonando as funções,enveredou pela política partidária, sendo nomeado autoridade policial, num dos distritos da capital baiana. Quando estalou a guerra com o Paraguai, formou batalhão de voluntários que acompanhou até o Sul, de onde regressou sem chegar ao teatro das operações. Residiu no Rio de Janeiro (GB), onde se dedicou ao estudo da medicina homeopática. Em pouco, possuía clínica particular. Transportou-se para o Peru, onde obteve carta de médico. “Poeta, vivendo num mudo de ilusões, jamais se preocupou com os vaivens da fortuna, sempre indiferente às imposições da vida material, sem se advertir dos dias aziagos que se aproximavam”. Publicou muitas produções pelos jornais em gêneros diversos: a nota predominante, na opinião de Sílvio Romero, foi o gênero épico-lírico. Nesse estilo, escreveu em 1895 O festim de Baltazar, “uma das poesias mais belas da língua portuguesa no século XIX”. Em dias de julho de 1890, sem forças para apagar os golpes da adversidade, principiou a sofrer das faculdades mentais, de que não se curou. F., na Boca do Mato, Estação do Meyer (RJ), a 22 de novembro de 1897.

Bibliografia: Poesias esparsas em jornais da época. Inéditos: Estudos sobre as reformas, em 3 vols. Sergipe (poema em 3 cantos, composto em 1860). Itaporanga (poesia).

 

Fonte da biografia: www.wagnerlemos.com.br

 

Ao raiar da aurora

 

         Salve dia formoso! oh! quem me dera

         Como tu renascer n’outra existência!

         Eu morrera com gosto, se a inocência!

         Que perdi, outra vez nascer pudera!

 

         Não é muito morrer quando se espera

         Outra vida melhor na sua essência;

         Posto que um Deus de bondade e de clemência!

         Infinito gozar me concedera ...

 

         Ah! Senhor, se é preciso que a tortura

         Venha a nódoa lavar do atroz pecado

         Que incessante persegue a criatura,

 

         Estou pronto a sofrê-la e já lavado

         Subirei a gozar dessa ventura,

         Que no céu só se goza, ao vosso lado.

 

 

À lua

 

         Vem, ó lua, contar-me as tuas dores,

         Teus segredos d’amor: deixa um instante

         Essa louca estrelinha rutilante

         Que desdenha cruel os teus amores.

 

         Vem aqui derramar os teus palores,

         Vem dizer-me qual é a tua amante,

         Se é aquela menor, menos brilhante,

         Ou aquela que tem mais esplendores.

 

         Pobre lua! tu gemes, tu deploras

         A sorte sempre avessa – a ingratidão,

         De uma linda estrelinha a quem namoras.

 

         Mas eu, pobre de mim! louca paixão

         Me tortura a existência! ah! se tu choras

         Eu sou mais infeliz, não choro, não.

 

        

Página publicada em novembro de 2009

 


 

 

 

 

 
 
 
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