EDUARDO TELES
Eduardo Teles é poeta cordelista e professor de História nas horas vagas. Nasceu em Aracaju em 4 de junho de 1986, mesmo mês ele Lampião, filho ele Seu Dalvo e Dona Núbia e irmão ele Leco e Did, filho ele bodegueiros, aprendeu a procurar formas de contar o que via no mundo (obviamente que exagerando ou diminuindo de acordo com a necessidade), escutando diversas histórias contadas pelos frequentadores caricatos da bodega e ouvindo forrós de Luiz Gonzaga. Aprendeu a fazer e a dizer versos com rima, métrica e oração através elas toadas e das recitações que ouviu de cordelistas ou violeiros. Foi assim gue ingressou nessa poesia que é a Literatura de Cordel.
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TELES, Eduardo. Os cordéis da gaveta. Barra dos Coqueiros, SE: 2015. Saco de papel contendo 13 livretos de cordel: O Jogo sem vencedores (2011), Palavras insossas & Palavras malvadas (2011 e 2012), Os pés, os passos e as rodas (2011), As lições que aprendi depois de ser professor (2011), Aceroleira (2012), Trinta e duas estrofes para um pai (2012), Dezessete (2012), Mãe solteira (2012), Coqueiro (2012), O beija-flor e o pé de cansanção (2013), Brasil nas ruas (2013), O meu amor ficou mudo (2013) e O meu pobre coração (2014). “ Eduardo Teles “ Ex. bibl. Antonio Miranda
TELES, Eduardo. Brasil nas ruas. Barra dos Coqueiros, SE: 2013. 12 p. 10,5x15 cm.
O cordel Brasil nas ruas foi feito no calor elas manifestações populares que papocaram por todo o Brasil no mês de junho de 2013, e que ainda se realizam em algumas cidades brasileiras, questionando a precariedade cio transporte público, da educação e ela saúde no país. que se endivida nas construções voltadas para Copa cio Mundo de 2014. Estas estrofes foram inspiradas no que vivo e sinto em Sergipe, retrato de um momento do qual não pude ficar alheio. Nele, conjugo minha singela poesia com o som do grandioso protesto ele milhares ele brasileiros.
(FRAGMENTOS) |
Em virtude dos direitos autorais, estamos divulgando apenas algumas estrofes do cordel. Quem quiser um exemplar original deve solicitar ao autor: eduadocoardel@yahoo.com.br
Presidanta da nação!
Eis o povo brasileiro
nessa manifestação
lutando como um guerreiro
que não quer ficar calado
por se sentir enganado
pelos seus representantes.
As cidades do Brasil
saem da tristeza vil
das diferenças gritantes.
Já passamos muitos anos
com as bocas amarradas,
esquecendo nossos planos
com as esperanças trancadas
sem ter feijão, sem ter cobre.
Porque todo povo pobre
tem grande gasto em passagem.
A realidade dura
é um povo sem cultura
e a nação sem bagagem.
(...)
Ó meu povo! Coisa linda
formamos a multidão,
deixar a vergonha infinda
que flagelava a nação
mostrando nossa atitude. (...)
Sair na rua é direito
e nós não temos vergonha.
Sair com o aberto peito
e uma cabeça que sonha
ver o Brasil mais igual,
sem aquele triste mal
chamado corrupção. (...)
Página publicada em dezembro de 2015.
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