Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

YDE SCHOLOENBACH BLUMENSCHEIN
( COLOMBINA )

 

Yde Schloenbach Blumenschein (São Paulo, 26 de maio de 1882 - 14 de março de 1963), conhecida como Colombina, foi uma poeta parnasiana brasileira.

Estudou na Alemanha durante a infância. Aprendeu piano e canto.

Começou a escrever aos 13 anos. Seus primeiros poemas foram publicados no jornal santista A Tribuna, além de revistas como O Malho, Fon-Fon e Careta. Assinava com os pseudônimos de Colombina e Paula Brasil.

Casou-se com Hanery Blumenschein e com ele teve dois filhos. Separou-se do marido, o que causou escandalo na época.

Fundou em 1932 a Casa do Poeta Lampião de Gás, ponto de encontro de escritores e literatos, que inicialmente funcionava na sua própria casa. Em 1948, o grupo passou a ter sede própria.

Editou o jornal mensal O Fanal, publicação da Casa do Poeta Lampião de Gás.

Era chamada de Cigarra do Planalto e Poetisa do Amor. Em sua homenagem, uma rua no bairro do Butantã, em São Paulo, recebeu o nome de Rua Poetisa Colombina. É a patrona da cadeira número 37 da Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul .

Obras:  Vislumbres. São Paulo: [s.n.], 1908; Versos em lá menor. São Paulo: São Paulo Editora Ltda, 1930;  Lampião de gás. São Paulo: Tip. Cupolo, 1937;  Sândalo. São Paulo: [s.n.], 1941; Uma cigarra cantou para você. São Paulo: [s.n.], 1946;  Distância: poemas de amor e de renúncia. São Paulo: [s.n.], 1948; Gratidão. São Paulo: Editora Cupolo Ltda, 1954; Para você, meu amor. São Paulo: Editora Cupolo Ltda, 1955; Cantares de bem-querer. São Paulo: Editora Cupolo Ltda, 1956. Manto de arlequim. São Paulo: Editora Cupolo Ltda, 1956; Inverno em flor. São Paulo: Editora Cupolo Ltda, 1959; Cantigas de luar. São Paulo: Gráfica Canton Ltda, 1960; Rapsódia rubra. Salvador: SENAI, 1961.

BLUMENSCHEIN, Yde Schlonbach (Colombina). Distância (Poemas de amor e renúncia).            São Paulo: 1948.  171 p.  Col. A.M.

 

ETERNA CIGARRA           

 

Y estos pies que apenas conocieran escalas

con angústia y quebranto, le han nacido dos alas !

                                                           CARLOS A. GARRE

 

Cigarra boêmia, eu sou; e vivo entre a folhagem

de uma árvore que tem as frondes levantadas

para o infinito Azul... E canto as consteladas

regiões, onde campeia o sonho, o amor-miragem.

 

Aplausos não espero e enjeito a vassalagem;

cantando livre e só, envolvo em exaltadas

torrentes de harmonia as rudes vergastadas

da vida e, deste mundo, a tétrica paisagem.

 

Pobre cigarra eu sou. Mas, em minh'alma guardo

o misticismo estranho e medieval de um bardo,

e, criadora, fulge em minha mente a ideia;

 

não me seduz a gloria e nem me tenta o ouro;

não sou ninguém, no entanto, espalho o meu tesouro,

— rainha sem reinado — à multidão plebeia!  

 

TEMA ETERNO

 

Treue gilt em Abend bis die Nacht begann

und doch weiss ich Herzen, die verbluten dran.

                        FREIHERR V. MÜNCHHAUSEN

 

O dia que rompeu, esplendido, agoniza

e no esquife da noite o seu fulgor encerra;

a rosa que floriu — a um bafejo da brisa —

devagar se desfolha e, afinal, cai por terra.

 

O pássaro que canta à hora ainda imprecisa

da primavera, chega o outono, se desterra;

o sonho não o é mais, depois que se realiza...

e uma desilusão mil ilusões enterra.

 

Um dia, tudo passa... É a sequência da vida,

que num sorriso põe a lágrima dorida,

e, que em cinzas transforma a flama viva e inquieta.

 

Tudo passa e se esquece. É uma triste verdade;

só não passa e não morre, a infinita saudade

que o amor faz nascer num coração de poeta.

 

 

INVICTA

 

Wie ist es klein womit wir ringen,

was mit uns ringt, wie ist das grohs!

                        RAINER MARIA RILKE

 

As distâncias venci e venci as procelas

da vida; e toda a humana ingratidão venci.

Dos sonhos que sonhei, as áureas caravelas,

afundá-las no mar do olvido, consegui.

 

Vitoriosa alcancei as altitudes belas

da solidão! E, altiva, então, aos pés, eu vi       i

espatifar-se um mundo em ódios e querelas

e só desprezo foi o que n'alma senti,

 

Os venenos do amor e da ilusão, venci-os!

Invejas, detrações (ladrar de cães vadios)

e calunias pisei, como se faz á lesma,

 

Mundanas tentações e aspirações de gloria,

tudo venci, enfim. A única vitória

que não pude alcançar, foi vencer a mim mesma.

 

 

 

Página publicada em dezembro de 2013

 

 

 


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar