Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
WILSON LUQUES

WILSON LUQUES

 

 

Wilson Luques Costa nasceu em 1960 em São Paulo, SP.
Jornalista diplomado, professor de filosofia do Ensino Médio, poeta e escritor. É pós-graduado em psicologia e filosofia.
É autor de Contos do Arrabalde e Os Granizos dos Deuses, entre outros.







NOVOS POEMAS

 

Dedico ao meu avô Lindolfo Veiga da Costa

/in memoriam

 

 

A bátega com o latagão

       As semipedras         pedras-cascalhos

       Não diamantizadas   são o seu látego

À procura de diamantes mergulha com a sua enxó em vórtices de arenito

                        É desde tenra idade

                        Caçador de voragens

 

 

 

 

Dedico ao meu avô espanhol Francisco/in memoriam 

 

 

Apostou cortar o oceano

em Córdoba não havia mais esperança

antes mesmo do advento de Guernica

ou daquela estúpida guerra

já vaticinava todo o malogro

                    

dentro de sórdidos porões

       não viu o marujo que o mar escondeu

       nem tampouco ouviu o choro de Kaváfis

       na escura taverna

       foram vinte trinta 

       quarenta dias singrando o mar

       chamava-se Ulisses e nem sabia

 

 

 

NOVOS POEMAS RECEBIDOS (2024)

 

 

O MORTO

 

O morto não fala

não ouve

 

O morto 

é uma 

natureza morta

 

O morto 

não tem as demandas 

de um vivo

 

Um morto 

não 

tem vaidade 

     

[Vanitas vanitatum 

    

Um morto não escreve livros

    

Não vai a festas

           

Nem se irrita     

        ou se estressa 

     com picuinhas 

 

Um morto 

não tem instagram facebook linkedIn curriculum vitae

curriculum lattes ou coisa e tal

 

(um morto 

     é um morto)

 

Já o vivo 

enquanto não morre 

vive se      

             iludindo que é um imortal

 

 

A AMEIXA

 

A ameixa lembra uma maçã 

Como a maçã é rubra e carmim

Todavia é discreta por não carregar o peso do pecado no paraíso 

A ameixa não foi pecadora nem santa

Seu sabor por isso é doce intermediário

A ameixa é uma fruta que requer parcimônia ao mordê-la

Porque pode sugerir 

Um grelo tímido escondido 

Logo na primeira mordida

De fato, a ameixa não é pecadora nem santa 

Porém nos faz imaginar quando mordida a vulva de uma mulher mais pecadora que santa.

 

 

SEI QUE NÃO SOU MERECEDOR

 

Sei que não 

sou merecedor 

 

da beleza infinita 

de Afrodite nem 

das obras 

 

sublimes 

de Longino 

 

nem

dos olhos 

 

amendoados e lazúlis de Elisabeth Taylor 

 

que vestem aquela menina 

 

que ali passa

 

E eu que sempre me julguei 

 

aprisionado no tártaro 

 

como aquele deus      

            tântalo sem       

            usufruir de todas 

             essas     

                      benesses

 

 

*

Página ampliada em fevereiro de 2024

*

 

VEJA e LEIA outros poetas de SÃO PAULO em nosso PORTAL de POESIA:

 

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/sao_paulo/sao_paulo.html

 

 

Página ampliada em setembro de 2021

 

Página publicada em novembro de 2020

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar