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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

VICTOR DEL FRANCO

 

Victor Del Franco é poeta, revisor e designer gráfico. Participou das atividades do Grupo Cálamo na Casa Mário de Andrade e atualmente é um dos integrantes do Coletivo Vacamarela. Livros publicados: A urdidura da tramA (Giordano, 1998) e O elemento subterrâneO (Demônio Negro, 2007). Participou da coletânea de poemas Oitavas (Demônio Negro, 2006). É um dos organizadores da FLAP! e também do Tordesilhas - Festival Ibero-americano de Poesia Contemporânea. Colaborador do jornal de literatura contemporânea O Casulo. Blog: http://foton.zip.net.


“O escritor é, antes de tudo, obcecado. Obsessivo, insiste em temas, figuras, estados de alma; os escritos, antes de originais, são sempre variações. / O engenho poético está justamente aí, nos modos como varia.” Antonio Vicente Pietroforte

 

 

 

 

 

FRANCO, Victor del.  HabistratO.    E-book no ISSUU:

 https://issuu.com/vdfranco/docs/habistrato_livrodigital

 

 

Ver E-book do livro ARCANOS:

https://issuu.com/vdfranco/docs/arcanos_ld

 

 

O elemento subterrâneO

São Paulo: demônio negro, 2007.

(uma seleção)

 

 

EXPIAÇÃO

 

covil

de estranho

e humano
ardil,

 

canil

insano,

tamanho

e vil.

 

no cerne

meus vermes

deponho,

 

inferno:

eterno

retorno.

 

VESÚVIO

 

demônios confinados em crânios herméticos

destroçam os ferrolhos, grades e cancelas

forçam passagens, vias secretas, vielas

e todos pelo enxofre impregnados, fétidos.

 

tremores mil num solo rochoso e assimétrico

anunciam tormentas, provocam procelas

e os loucos ancestrais fogem pelas janelas;

são lúcidos e cegos, são tristes, são céticos.

 

imponente Pompéia em sua formosura;

claridade nos campos, fontes cristalinas,

tão lúdica e tão bela achando-se segura

 

mas a força do túrgido sangue descerra

rebeliões ferinas, fúrias intestinais

e o inferno explode em lavas do fundo da Terra.

 

 

PESADELO

 

lanço-me à trama

de um cego espelho

e escavo a lama

do mar vermelho

 

na minha cama

e sem conselho

o céu se inflama

e me ajoelho

 

devoro o medo

aqui no fundo

em sol ardente

 

acordo cedo

esqueço tudo

e sigo em frente

 

 

ACAMPAMENTO

 

guardo a noite em claro no bolso

e de algum tempo distante

ouço ruídos:

 

silvos?  cigarras?  sirenas?

 

         (silêncio)

 

fico de guarda

e aguardo alguma aurora

numa semente de girassol.

 

 

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A urdidura da tramA
São Paulo: Editora Giordano, 1998
(uma seleção)

 

 

 

ORIGEM

 

Mitos de eras e origens que envolvem o mundo,

quem sabe algum demiurgo aqui venha ordená-los:

pela dança de Ishtar o caos é derrotado

e os poderes de Indra subjugam demônios.

 

Em outro plano as forças do universo atuam,

quem sabe alguma ciência aqui venha agrupá-las:

na danças das partículas a luz é vária

e as ondas que nos chegam escondem mistérios.

 

Em toda esta fantástica diversidade

na qual estamos desde sempre mergulhados

há alguém que diga de onde vem? como surgiu?

 

Pois no correr dos anos as águas prosseguem

e o ciclo eternamente flui e recomeça

e pelo céu a vida passa em brancos versos.

 

 

O MITO DA CAVERNA

 

Vivas imagens

que iludem

escorrem de um

caduco televisor

no escuro profundo

dessa mórbida caverna

em que me confundo.

 

 

REFLEXÕES

 

o espelho

         frio

me reflete

enquanto faço

caras e bocas

e me desfaço

das roupas

 

o espelho nu

em silêncio...

         reflete

 

 

LAPSO

 

No limite exíguo

entre o sono e a vigília

atravesso o arco escuro

da absurda memória

 

os milésimos de segundo...

os milênios do mundo...

 

aqui o tempo é só desatino

e tudo se cala

 

apenas algumas esferas flutuam,

 

                            inomináveis.

 

 

Ver:  ARCANOS,  E-BOOK DE VICTOR DEL FRANCO

E-book realizado por Victor Del Franco – ARCANOS -, poema composto em 22 cantos arcanos correspondente a cartas do tarô. Escrito em janeiro de 2026 como proposta de criação literária do Coletivo Palavraria realizado na Casa das Rosas, em São Paulo, em 2016.

        O louco alucinado é um cigano
        que ouve soprar o vento e assobia
        e depois lê a sorte nos arcanos.

https://issuu.com/vdfranco/docs/arcanos_ld

 

Página publicada em novembro de 2007, ampliada em março de 2016.




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