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THERENCE SANTIAGO
Therence Santiago Alves Feitosa nasceu em Lins, Estado de São Pulo, em 1978.
Doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2018). Possui Mestrado em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2009). Especialização em História, Cultura e Sociedade pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006). Graduação em Educação Física pela Universidade Cidade de São Paulo (2003). Doze anos de experiência no Ensino Superior.
Professor e Pesquisador. Professor na Universidade Paulista (UNIP) no curso de Direito, no curso de Jornalismo, no curso de Publicidade e Propaganda e no curso de Comunicação Digital. Professor da UniDrummond no curso de Educação Física e Turismo.Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Semiótica, Sociologia da Comunicação, Teorias e Técnicas da Comunicação, Comunicação Aplicada, Imagética e História da Imagem e do Som. Na Educação ênfase em História da Educação, Filosofia da Educação.
Na Educação Física ênfase em Sociologia do Esporte e Educação Física Escolar. Na Área de História, ênfase em História Moderna e Contemporânea. Membro do Grupo de Estudos Comunicação, Cultura, Barroco e Mestiçagem (PUC-SP). Membro do Grupo de Estudos ECOAR - EACH-USP. Coordenador do GEPLEC (Grupo de Estudos e Pesquisas em Linguagem, Educação e Cultura) no Centro Universitário Carlos Drummond de Andrade (UniDrummond). Estudou estruturas de Narrativas a partir da Semiótica da Cultura, através das teorias de Yuri Tinianov, Mikhail Bakhtin e Iuri Lótman. Investiga atualmente os processos criativos de Manoel de Barros, através da forma de pensar Radicalmente Qualitativa. Na presente investigação são utilizadas como alicerces teóricos impressões de Bergson, Deleuze, Merleau-Ponty e Tim Ingold.
Fonte da biografia: Escavador.com.
THERENCE SANTIAGO
POESIA DO BRASIL. Vol. 5. XV CONGRESSO BRASILEIR0 DE POESIA. Org. Ademir Antonio Bacca. Bento Gonçalves: Proyecto Cultural Sur - Brasil, 2007. Ex. bibl. Antonio Miranda
Corpos proibidos
Corpos proibidos,
Carregam marcas de um tempo
Atemporal.
Carregam versos de rimas
Que agora
Não possuem sal.
Corpos proibidos
Latentes desejos errantes
Que inconstantes
Mexem com a libido.
Corpos proibidos,
Dançam uma música silenciosa
Que não mais toca
Em nenhum possível disco.
Corpos proibidos,
São como anjos caídos,
Repletos de sensações,
Inundados de sentidos.
São corpos proibidos,
A poesia fabricada
Em outras épocas,
Em outras datas.
Visões do corpo em si
Estrutura pulsante,
Gera calor,
Ritmado, constante.
Nas coxas os pêlos tingidos
Envolvem uma pele insinuante.
Estrutura inconstante,
Provoca sabor
Plural, contagiante.
Na boca um grito / libidos,
Toca uma canção marcante.
Estrutura flutuante,
Transita amor
Louco, pensante.
Nos pés, caminhos perdidos,
Embelezam a visão do amante.
Estrutura errante,
Cheia de cor,
Abstrata/ falantes.
No rosto um verso saído,
Intenso / confuso semblante.
Vontade e representação
Como Schopenhauer penso.
Penso na vontade que me cerca.
Penso no mal que se mostra.
Penso no sofrimento que me arrebenta.
É como um bem querer
desvairado e irracional
que de mim se alimenta
Se alimenta de pedaços surreais
formados por versos ensandecidos,
que sobre mim se deitam.
E o sentir ausente do passado,
traz momentos fragmentados
de desejos e beijos dados.
No entanto, estou aqui agora,
como um projeto inacabado,
postado como uma escultura
não definida.
Vício
Preciso do corpo
Quente, insinuado,
Insinuante, macio,
Suado.
Preciso do verso,
Louco, fantasia,
Beijo, boca,
Poesia.
Preciso de respiração,
Ação, gemido,
Estrofe, intensidade,
Libido.
Preciso de tempo,
Pele, sabor,
Percepção, olhar,
Amor.
É, definitivamente,
Preciso de amor...
Sentimento Físico
De poesia líquida,
alimento a minha existência.
Como um Sartre embriagado,
construo a minha essência.
O liquido escorre entre os lábios,
e como um néctar adocicado
umedece os versos rebeldes,
que de tesão são formados.
De vinho tinto
às estrofes se alimentam.
Com pedaços de palavras
os corpos se movimentam.
E em um ritmo cadenciado
o suor é derramado,
ele se mistura com a música
do corpo que é amado.
Hipérbole do Poema Inacabado
E no meu exagero deliberado
O compasso do verso marcado
Ganha fôlego envenenado,
Por um louco poema inacabado.
Intensifico a minha ingratidão
Com a vasta inexatidão
De um copo vazio a mão
Que não alimenta a imaginação
E em minha feia formosura
Fabrico um amargo na doçura
Que repleto de defeitos e rasura,
Dá forma a minha ideia de loucura.
Página publicada em outubro de 2020
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