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RENATO GONDA

Naturalidade São Paulo - 1959. Formação Doutorado em Semiótica (Letras - Semiótica e Lingüística Geral) (1998)  É o responsável pela OficinaPrÁtIcA dE pOeSiA vIsUaL- oficina de produção de texto poético-visual  da Casa das Rosas, São Paulo, SP.

"O mito mora no arquétipo da serpente, matriz dos poemas iniciais. A ambígua e coleante figura que, bíblica ou pagã, semita ou afra, arcaica ou moderna, habita as fantasias do homem e inspira-lhe atração e horror, promessa de fecundidade e ameaça de morte. Veja-se como a iconografia (estranhamente colhida ao acaso nos muros da cidade grande) se enlaça colubrinamente com os textos (...)" Alfredo Bosi 

De
Renato Gonda
PRIMEIRA RONDA À MARGEM DA SERPENTE
& CANTO AO CANTO

São Paulo: Massao Ohno e Lydia Pire e Albuquerque editores, 1987.
O livro inclui fotografites de Cinthia Filetti

 

                        Ser-me-ei  múltiplo  como  os  sonhos
                                         ambíguo  como  as  vidas
                                        reticente  como  os  plurais

                        Ser-só-não-me-ei  (jamais)  um  poeta  pronto:
                                                    Um  poeta  de  pontos  finais

XXXIV

A meu todo, o igualamento em ti
Desgalho-me     Pélo-me
Minha planura já te lembra
luzente e imberbe

Incompleto, porém?

Descabeço-me    Achato-me
Alongo e estendo minha carnação
À delgadeza de punhos me converto
Tez escamosa    Dentição espinhenta

(No igualamento, mais lado e centro de ti)

 

TESTAMENTAL

Sou eu hoje que a mim morrente
em que meu ponto sem já verso
côa solo, pasmo e gesto

Sou eu hoje que em mim sou morto
em que meu couro sem já seiva
serve a arco, estola, esteira

Sou eu hoje que a mim me morro
em que meu tombo sem já escora
pesa forte em casco e sola

Sou eu que em mim mortiço
em que meu dentro sem já sulco
torna alvo, nu e inculto

Sou eu hoje que a mim me mato
em que meu gosto sem já faro
cheira a grandes sons de escárnio

Sou eu que em mim sou morte
em que meu todo sem já causa
cabe gordo à terra e fauna

 

Renato Gonda

De
Renato Gonda
FUGITIVO DOS HOMENS
Fotos de Mário Friedlander
São Paulo: Massao Ohno Editor, 1990.
95 p. 

"É ir às fendas do pensamento
partilhando mudezes e silêncios."

Há vinte anos atrás, em 1990, Renato Gonda lançou "Fugitivo dos Homens", um livro surpreendente fluído, de aderência e identidade com a natureza a partir de um intimismo intrigante, de eu polivalente. Linguagem em síntese expressiva mas densa em seu alcance irradiador.  "O poema é polissignificativo e o Poeta e a Natureza são suas personagens principais", nosinforma Milton de Godoy Campos no posfácio.  Reproduzimos aqui apenas três dos 40 poemas curtos da obra, embora o recomendável seria ler e apreender toda a sequência.
                                               Antonio Miranda


I
Corre em mim
a seiva
de tuas selvas vastas:

A verdejante
seiva das matas

Clorofilo à tua imagem
Verdeço
Enfolho e arvoreço
igual aos mais iguais a ti

Sou-me-te

Arraigo

em um úmido tapete de terra

Camaflo-me
(fugitivo dos homens)
em teu verde mundo meu

II
Sendo-me-te
parte do todo me faço

Indiviso    Uno    Irrepartido

Recrio-me vasto e vegetante
Acompanho-te os rastros
Os instantes     O legado

Recomponho-me
mutante e vegetalizaedo


III
(Um latente e intemporal amor
o que de mim flui ao fruir-te)

Supro-me
do sopro das brisas
sorvendo remoinhos e furacões

Nutro-me
de tuas águas vazantes
De toda tua flora em flora

Prostro-me
perto das terras
coberto de serpentes e toras

 

 

Página publicada em março de 2010; ampliada e republicada em junho de 2010



 

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