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PAULO LUDMER

PAULO LUDMER


“Paulo Ludmer é inquieto, plural, angustiado, instigante, intelectualmente generoso, indispensável” Assim David A. M. Waltenberger apresenta o poeta, autor de uma obra consistente e constante. Entramos em contato com o poeta e ele enviou o poema abaixo para dar início à página com que pretendemos brindar nosso internautas com a obra do poeta, com a admiração que o consagra com um dos mehores.   E visitem=no em sua própria página: www.pauloludmer.com.br  Antonio Miranda

 

                           I

Passado e futuro mal existem
                         em seu leito, pomar, dicionário.
Corpo de instantes que coabitam,
                         mordidelas, amêndoa, tâmara, uva.
atrás e à frente,
                         pegada de verbo só,
alegria de beijo origem e fim de tudo.                        

Perto e longe, antes e depois,
                        masco as distâncias entre seus lábios
                        inchados, sedosos, quânticos,
                        grafo seu aroma de rima para sempre,
                        em memórias claro-rosas

                        na varanda aerada e fugaz,
                        sobre seu ombro nu,                                                                  

                                                                        aurora. 


LUDMER, Paulo.  Falésia. São Paulo: Espaço Editorial, 2005. 71 p.  13x18 cm.   Projeto gráfico: Luis Carlos Baum Ludmer e Silvia Amstalden Franco.  N.  “ Paulo Ludmer “  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

PROPÓSITO

Remendo o invisível
Paciência e instinto
Surdo mudo manco

Governo corpos regrados
Sigo a lei dos peixes nos mares
                                     da noz na casca
                                das notas de cordas
Esticado nas pregas de sílabas

                                               que rasgo

 

REGALO

Entrego-lhe a anatomia geral
                                      descritiva
As bordas do processo
Sem fingidas reticências
Apesar da malícia permissiva
Mal me disfarço

                            prazer

 

FALAS FALHAS

           
Único texto de afeto
Redigiu minha caligrafia
                            por deboche
Extirpou-me de mim
Abrasiva tripudiou
                            meu defeito
Sem aldeia  sem nome
Fez-me chuva que nem a si contempla
                                               por ficção
Mutilou minhas falas falhas
Por trincadas sensações
                            safou-se pois


LUGAR

No terreno à noite
Ejetavam-se cadáveres
Das chacinas do pagode da véspera

No terreno ao dia
jogavam futebol
Bolas de gude
Em buracos sem endereço
Abaixo de nuvens diferentes

No terreno noite e dia
Caíam convites escapados
De gotas desobedientes

Sem fim

 

LUDMER, Paulo. Alcinhas.  São Paulo: Massao Ohno Editor, 2001.  80 p.  Capa: óleo de Carlos Beracher. 

 

REPETIR

 

Repetir

Repetir

cadente

          discrepante

          irruptível

 

Repetir

Repetir

          candente

          veredas

          percoladas

 

Repetir

Repetir

          perfuratriz

          apetente

          motriz

 

Repetir

Repetir

          perspicaz

          tensor

          alinhavos

                    de afeto

 

Repetir

Repetir

          coragem

          ardor

          tessituras

          de credo

 

 

 

 

LUDMER, Paulo.  Línguaçodada.  Capa Carlos Brascher. São Paulo: Massao Ohno Editor,             1994.  85 p.  ilus. 

 

Losanga, Lê,

Lasca do solilóquio,

Lis de lápis, lótus.

Laça loquaz o ódio.

Lima, lustra, Lê,

Laxa, lasseia, lixívia,

Lasciva, lavradeira.

Látega isósceles, Lê

Lavoura o luar,

Líquida, Lúdica,

Lubrifica a lauda,

Luxa, elucubra,

Lisérgica, fala!

 

letras em hidromel

pétalas de ipê

 

letras de letras,

líquidos avatar.

 

fiquem, fisguem,

finquem, féculas.

 

estíolos, brotos,

botos e ampulhetas.

 

ser, pertencer,

respirar acontecência.

 

o solo peralta

conflita na flauta.

 

 

De
LUDMER, Paulo

Outrarias.
Ilustrações: Crayons de Carlos Bracher, estudos.  São Paulo: Massao Ohno Editor, 1998.  112 p.  Capa: Óleo de Carlos Bracher da série Homenagem a Van Gogh. Formato: 18x26 cm.    Composição: Estudio Iara Lpez. Fotolito: Ajato. Impressão: Evidência Art´s Gráficas. Edição de 1.500 exemplares. Autografado. Col. A.M. (EE)

 

DITIRAMBO

Desvelei sua cálida estrela
                            cozi cosi.
Ditirambo entre ásperas pregas
                            me evadi.
Assecla em piparotes de fibras
                            verti verti.
Raios fúlgidos de sua greta
                            cosi cozi.

 

        COTOVIA

         O dia estica gerúndio,
         a noite seca faceira,
         cofio o pelo do mundo,
         tesão na frasqueira.

         Cotovia arruaceira
         bica, arquiva no fole,
         aninha desatenta,
         enfadada, a gole.
        
        

 


Página publicada em dezembro de 2008
; ampliada e republicada em setembro 2011.



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