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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: GelZarte & Literatura

 

OSWALDO NÉVOLA FILHO

 

Oswaldo Névola Filho. Natural de São Paulo, capital. Reside em São Vicente. Poeta, escritor. Muitas premiações a nível nacional e internacional. Presidente da Casa do Poeta Brasileiro.

 

***

Como educador, professor Osvaldo dedicou quase toda vida a Rede Municipal de Ensino de São Vicente, tendo se aposentado da Prefeitura há pouco tempo. Diretor da Escola Municipal Raquel de Castro Ferreira, uma das mais tradicionais de São Vicente, Osvaldo Névola Filho revolucionou a arte de educar, de passar conhecimento, recebendo apoio e reconhecimento de professores, estudantes e pais.

Falecimento em 15 de setembro de 2003

 

 

LATINIDADE: I COLETÂNEA POÉTICA DA SOCIEDDE DE CULTURA LATINA DO  ESTADO DO MARANHÃO.   Dilercy Adler, org. São Luis: Estação  Produções Ltda, 1998.  108 p.  Capa: Carranca – Fonte do Ribeirão – São Luís – Maranhão – Brasil        Ex. bibl. Antonio Miranda

 

SÃO PAULO DE 4-4-4-JANEIROS

 

Sinto orgulho de ti, laboriosa metrópole!
por ter nascido neste fértil solo paulistano,
que abriga um magnífico complexo fabril,
tão poluente quanto ativa e producente!
Hoje, teus verticais arranha-céus abraçam vidas,
mesmo na frieza das ferragens e concretos,
nos rostos as marcas da corrida diária contra o tempo,
envoltos no turbilhão, relógios vibram os nervos,
ponteiros implacáveis ditam regras e procedimentos!

Hoje, minha São Paulo, onde dez milhões habitam
no emaranhado de modernos viadutos engarrafados,
infinitas marginais correm paralelas aos rios;
nas chuvas, enchentes os tomam absolutamente iguais,
águas que sufocam, afogam e, por vezes, matam.
As chaminés apontam para o céu nublado e cinza,
tão altas quanto alto o preço do desenvolvimento,
progresso, conquistado a duras penas, árdua batalha!

Esta São Paulo amada, onde juntam-se as raças,
no Bexiga, dos italianos; na Liberdade, dos japoneses;
na Vinte Cinco de Março, a paz dos turcos e árabes;
Bom Retiro, dos libaneses; Braz e Mooca, mais italianos, espanhóis, portugueses, alemães, israelitas, raças,
culturas, miscigenações, brasileiros de todos os confins,
usos, costumes arraigados na pacífica terra paulistana!
Nas luzes e luminosos da esplendorosa Avenida Paulista, escondem-se as antigas cores dos lampiões de gás, dos casarões dos homens do café. Os bondes levaram consigo saudades dos tempos de outrora, vagaram no tempo,
sob a fria garoa do ontem sombrio, calmo e sereno...
Hoje, tua luz é o neon, o teu brilho, porém, eterno!

 

 

            MARANHÃO, UM SONHO

És para mim um sonho, Maranhão!
Bela terra marcada pela história,
num passado eternal desta nação,
tens registros gravados na memória!

 

Sinto fluir no espaço tuas artes,
nos trajes espelhados de mil cores,
arco-íris das fitas tu repartes,
vibra em nós o rifar de teu tambores!

 

Teu correto falar que contagia,
rica história do boi vem colorida,
envolvendo teu povo na folia,
enfeitando e alegrando nossa vida!

 

És orgulho da gente brasileira,
és cultura, folclores e tradição,
qual fulgurante estrela da bandeira,
reinas em nosso céu oh, Mara
nhão!

 

 

LENÇÓIS MARANHENSES


 

Ares, mares, ventos, nordeste paradisíaco!
São montanhas de areia: bailam lá e cá;
dunas maranhenses regem seu império,
adornam o Maranhão, encantam as vistas!
Sob o domínio do sol resplendem luz!

 

Recanto de Brasil, agreste paisagem,
no emaranhado das matas, florestas tropicais,

cerrados, perto se espraia a mata dos cocais!
A costa vêm os abraços, beijos de sal marinho,
que o Atlântico oferta em prazer generoso!

 

Miragem! surge o deserto, imperam as areias,
onde os ventos céleres esculpem, desenham...
Nos meandros das dunas, águas pluviais,
ao fundo brotam os lagos, duas ilhas solitárias,
vegetação viva, intacta que se impõe sólida,
numa inexplicável mágica que a torna permanente!

 

Fantásticas maravilhas naturais, lençóis maranhenses,
que o Criador planejou, para o delírio nosso!
Nesta terra insólita, belezas indescritíveis,
onde se esquece a noção do tempo, que passa
despercebido, esvaindo-se no espaço aberto ao céu e mar!

 

Ali, para não fugir à realidade brasileira,
um povo luta, envolto em trapos, mísera pobreza,
viventes das taperas, recompensados, porém,
pela riqueza que emana da natureza pródiga,
fonte de energia, força e vitória, agruras dos fortes!

 

Redes de dormir e de pescar, sonhos a caminho do mar... Cessam as chuvas, ventos que se acalmam; o sal sob o sol, guerra silenciosa, povo e natureza, coabitam, lutam, num mesmo espaço coberto de areias finas, macias, como lençóis distendidos, leves, soltos, jogados ao acaso...

 

 

 

 

Página publicada em outubro de 2019


 

 

 
 
 
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