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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

NELSON LOPES DE FIGUEIREDO

 

NELSON LOPES DE FIGUEIREDO nasceu em Campinas, bairro de Goiânia em 07/01/44, e reside em Goiânia. Concluiu os estudos primários e secundária Campinas, onde desenvolveu ativa participação na vida cultural e político-estudantil. Foi fundador e Presidente da Biblioteca Literária Social - BLS. Dedicou-se à advocacia e ao magistério, tendo exercido o magistério superior na Universidade Federal de Goiás, onde lecionou a disciplina Direito Administrativo por mais de 20 anos. Fundador e primeiro Presidente do Instituto Goiano de Direito Administrativo - IDAG, entidade da qual é atualmente Presidente de Honra. E membro da UBE/ GO e sócio fundador da Academia Goiana de Direito, entidade que presidiu no biénio 2002/2004. Publicou trabalhos jurídicos em revistas especializadas (Boletim de Licitações e Contratos da editora NDJ, editora Zénite, site jusnavegandi) e literários (contos e poesias) em jornais da Capital. Estudioso de problemas políticos e jurídico-administrativos, tem proferido palestras, conferências, participado de seminários, debates e congressos, além de haver publicado artigos sobre esses assuntos em "O Popular", "Diário da Manhã" e "O Estado de São Paulo". Publicou os seguintes livros: "Sonhos e Esporas" - poesias, 1980; "Resistência Armada” -  poesias; 1991; "Verbo Peregrino" - poesias - 2006. Dedica-se, atualmente, à advocacia na área de direito público e à poesia, sua antiga paixão.

 

 

POESIA DO BRASIL.  Vol. 5.  Org. Ademir Antonio Bacca.  Bento Gonçalves: Proyecto Cultural Sur - Brasil, 2007.  308 p.Ex. bibl. Antonio Miranda.

 

 

Quimeras do Medo

 

Você me pede que espere
não esqueça, a liberdade virá
(numa esfera indefinida,
incerto e ténue oxalá)

Bruscamente transformando
Alquimista do arremedo
pesquiso na entranha das sombras
a bisonha reação
dessa espera medonha
(além de medo e fantasia
covardia e titubeio
o que mais misturar?)

Com quantos metros de incerteza
se mede um esperar?
Como esperar, enfim
quando quem espera
nem sabe a cor das flores
que farão a primavera?

Quando se quer uma coisa
posta ao alcance da mão
o que é o esperar?
Recolher a mão ao bolso
ou o querer desligar?
Por que envelhecer nos dedos
o impulso desse tato?

E se recolho o braço
quem vai aguar meus jardins?
E se desligo o querer e diminuo
o passo
findo o compasso da espera
quem, onde, como e quando
despertará meu coração por mim?

 

 

 

 

Forja

 

 

Saciada

a cidade dorme entre cifrões
e prestações vencidas

                   adormecida na calçada
a criança negra
(saci da noite, caipora social,
fantástica boiúna escura num rio
de metal)

 

               cabeça raspada
estica e se enrola
pratica

posição mais prática e comum
yoga do medo

(pernas dobradas, joelhos no peito,

cabeça entre os braços, ouvidos tapados

pro mundo)

estranha posição

no sonho profundo, bisonha

ilusão

 

(mocinho valente, guerreiro sem medo
comidas e doces, muita alegria
fartura e tesão)

sono profundo, seu corpo sacia
a fome chão

enquanto a vida, forja consentida
tece de verdade, facas e revólveres
em sua mão

 

         (Do livro "Sonhos e Esporas"- 1980)

 

 

 

 

Partidas

 

Quem se parte na partida

A parte que vai ou que fica

consumida?

 

A parte que se perde na distância

ou a que fica em ânsias

repartida?

 

Quem mais se reparte na partida

é a saudade, essa agonia empedernida

que em mil partes então se multiplica

 

coração batendo embriagado

sem saber se vai ou se está vindo

a parte que sai parece ter chegado

a outra parte sente que está indo

 

na metamorfose louca das partidas

caótica e insana mutação

as partes só repartem aparências

unem-se mais para individidas

pulsar distâncias no mesmo coração

 

 

(Do livro "Resistência Armada"-1991)

 

 

 

 

 


 

 

 
 
 
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