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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: http://www.ube.org.br/

MILTON DE GODOY CAMPOS


Nasceu em 17 de julho de 1927, em São Manuel, SP. Filho de Antônio de Oliveira Campos, dentista e Jenny Mathias de Godoy, descendente dos Conde de Godoy, da Espanha. Formou-se em primeiro lugar na Escola Norma de São Manuel; Letras - Departamento de Estudos Orientais, USP;  pós-graduação em Linguística pela USP; Pedagogia Plena - curso intensivo - FHI; pós-graduação em Teoria da Comunicação, pela Universidade Metodista de São Paulo; especialização em Literatura Brasileira. Participou do Congresso Internacional de Escritores e dos Encontros Intelectuais da Unesco. Recebeu a Medalha Cicilo Matarazzo, por relevantes serviços prestados  à cultura brasileira; Prêmio do PenCenter, patrocíjio do Pen Clube da Inglaterra pelo livro Poemas e Elegias, 1997.

Outras obras: Poesias Modernas Brasileiras (1960); Um Soneto de Alvarenga Peixoto (1965); Antologia Poética da Geração de 45 (1966); O Punhal Lúcido (1982), 14 Poemas (1991); Eros e Tanatos (1992). Foi Diretor de edições do Clube de Poesia de São Paulo. Fundou e dirigiu a coleção Poetas do Nosso Tempo. Realizou inúmeras palestras culturais em diversas entidades. Colaborou em vários jornais e revistas. Foi vários anos diretor da UBE, presidente do Clube de Poesia de São Paulo. Professor universitário de Literatura Brasileira.

 

CAMPOS, Milton de GodoyPoemas e elegias.  São Paulo, SP: Clube de Poesia; Editora do Escritor, 1977.  63 p.  20,3x 30 cm.  Ilustrações: Darcy Penteado e Cema Lima Verde.  Desenho do frontispício:Sérvulo Esmeraldo.    Ex. n. 495, assinado pelo autor.  “ Milton de Godoy Campos “ Ex. bibl. Antonio Miranda

 

ELEGIA DA AUSÊNCIA

 

Inutilmente percorrerá solidões a dor de tua ausência.

Murmuras fontes despojadas para sempre do silêncio

Velam teu sono de pranto não presente,

Pressentido na angústia eterna dos ecos.

 

Inutilmente percorrerá solidões a dor de tua ausência

— Bosque submerso onde flores morreram nas sementes,

Praia extinta, sombra de sargaços,

Luar e medusa dissolvendo-se aos ventos. . .

 

Inutilmente, no sonho transitório das miragens,

Procurarei teus acordes,

Horizontes gerados na bruma das folhas,

No veleiro tardio das noites. . .

 

Sonhos de primaveras mortas, de colunas soterradas

Nas ondas e desertos de canções que foram mares,

Percorrerão inutilmente a dor de tua ausência,

A dor de tua ausência que é pranto

E caminho de Constelações.

 

(Diário de São Paulo, 7-3-1954)

 

 

SONETO

 

Os pássaros de sal as horas limitaram

De teu sereno voo. Não mais aos sons de fontes

Em flores adormecerás, nem os teus lábios

Sobre a planície semearão de luz as pedras.

 

N'água distante e vária, anémonas e búzio

Em pilares de sons tua ansiedade choram. . .

Os rios nascidos de teus gestos às nascentes

Refluirão cansados. Volverá em terra

 

(Silêncio amaríssimo) teu corpo lasso.

Inutilmente verterão meus olhos lagos

De solidão e pó, de sombras e de asfalto.

 

Não acordarás do naufrágio de teu sono.

Os sonhos que nasceram de tua longa alma

Morrem no infinito mar de estrelas apagadas.

 

(Jornal de Letras. Rio, out., 1956)

 

DILÚVIO

Eu não puni
os homens

Apenas chorei
sobre os seus pecados

E o dilúvio se fez

 

Página publicada em setembro de 2014


 

 

 
 
 
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