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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


MARA SENNA

 

Mara Lucia Senna Oliveira Vieira nasceu em 06 de maio de 1963 em Araxá, Minas Gerais. Vive em Ribeirão Preto, São Paulo, desde 1980. É graduada em Odontologia e pós-graduada em Periodontia pela FORP – USP, tendo exercido a profissão por vinte e cinco anos.

Foi poeta de gaveta até 2009 quando publicou seu primeiro livro, Luas Novas e Antigas.

A partir de então, passou a se dedicar mais intensamente à literatura, em especial à poesia. Participou das antologias poéticas: Frutos da Terra - Expressões Culturais de Ribeirão Preto (2009), Ave, Palavra! (2009), 10º. Concurso de Poesias da Universidade Federal de São João Del-Rei MG (2010), Prêmio SESC de Poesia Carlos Drummond de Andrade - edições 2009, 2010 e 2011. Recebeu as seguintes premiações: primeiro lugar no I Concurso Literário de Crônicas da Academia de Letras e Artes de Ribeirão Preto – ALARP (2009), terceiro lugar no II Concurso de Crônicas da ALARP (2010) e Menção Honrosa no Concurso Nacional de Poesias Helena Kolody (2010), no Paraná. Seu segundo livro, Ensaios da Tarde, será publicado em maio de 2012.

É filiada à União Brasileira dos Escritores (UBE).

 

visite o blog: http://marasenna.blogspot.com 

SENNA, MaraEnsaios da tarde.  Ribeirão Preto, SP: Editora Coruja, 2012.  96 p.  14X21 cm.  ISBN 978-85-63853-13-4  

 

Metades

 

Sou capaz de longas ausências,

de navegar por anos a fio,

sem mandar mensagens.

Sou capaz de longos silêncios,

de me calar por muito tempo,

sem dizer bobagens.

E então sou a sábia,

a ponderada,

a prudente,

a elevada.

Mas também

sou a mesma

que deixa encalhar o navio

nos bancos de areia,

que segue o hipnotizante

canto da sereia,

e que solta o verbo

e entrega tudo o que sente.

E aí, então, sou a tola,

a impulsiva,

a inconsequente,

a doidivanas.

Mas, somando as metades,

eu sou é humana.

 

Espaços

 

Dentro de mim, todos os conflitos.

Fora de mim, todos os consolos.

Dentro de mim, todas as culpas.

Fora de mim, nenhum dos dolos.

Dentro de mim, todos os gritos,

Fora de mim, todos os silêncios.

Dentro de mim, o siso.

Fora de mim, o riso.

Dentro de mim, todas as quedas.

Fora de mim, todas as vitórias.

Dentro de mim, todos os naufrágios.

Fora de mim, todos os bons presságios.

Dentro de mim, todos os porões.

Fora de mim, as embarcações.

Até quando vou resistir

em viver do meu lado de fora?

 

 

Limbo

 

Pão dormido vira pedra.

Amor também.

Se achas que não,

explica-me, então.

Deve haver algum lugar

para onde vão

as histórias de amor

sem continuação.

 

Fim

 

O ponto final

não passa de um sinal.

Mas dói.

E ponto.

 

 

 

 

SENNA, Mara.  Luas novas e antigas.  Poemas.  Ribeirão Preto, SP: Ed. do Autor, 2009.  114 p.  13,5x20,5 cm.  Capa: Honyldo Robrto Pereira Pinto.  ISBN 978-85-909-181-0-3     Col. A.M.  (EA)

 

                              Eu guardo luas na gaveta
                              do meu quarto crescente.
                              Luas novas e antigas,
                              luas de rir e de chorar.
                              Luas tão velhas amigas,
                              luas de todo o lugar.

 

Madrugada

 

A madrugada é feito um óleo

que se derrama lento pelas saias da noite.

Nela procuram refúgio os insones,

os amantes, os poetas, os vigilantes.

Escorre silenciosa,

 

porém, às vezes cortada por um grito,

um gemido de prazer, um choro,

o latido do cão do vizinho,

o barulho do gato vira-lata,

o apito do guarda

 

ou por alguém que passa assobiando

debaixo da janela,

 

querendo plateia ou talvez companhia.

E quando, finalmente, o canto de um galo

vai avisando-lhe seu fim,

a madrugada se esvaí, assim como veio,

suave e despretensiosa,

sutil e misteriosa,

 

deixando para trás algumas estrelas,

como garantia de voltar.

 

 

Comédia romântica

 

Era aquele tipo de amor

que não combinava com rotina

e contas a pagar.

Mas nenhum dos dois ousou acreditar.

Talvez ficasse bem na tela do cinema,

longe de todo e qualquer dilema.

Depois das juras eternas,

ficou o dito pelo não dito.

O roteiro foi terminado

sem o final feliz esperado.

Cada um seguiu seu caminho.

Só ficou o espinho.

Fim.

 

 

fingimento

 

A paixão finge que desiste.

Mas ela insiste

 

e come por dentro,

tortura sutil...

Astuta, finge que é amor.

Quem quiser que acredite.

 

 

 

Página publicada em março de 2012

 

 

 

 

 

 
 
 
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