MANOEL DE ABREU
(1892-1894)
Manoel Dias de Abreu nasceu na cidade de São Paulo em 4 de janeiro de 1892 (segundo Carlos da Silva Lacaz o ano seria 1894). Era o terceiro filho do casal Júlio Antunes de Abreu, português da província do Minho, e Mercedes da Rocha Dias, natural de Sorocaba (Estado de São Paulo). Até o ano de 1908, viveu entre o Brasil e Portugal. Casou-se, em São Paulo, em 7 de setembro de 1929, com Dulcie Evers.
Faleceu em decorrência de um câncer de pulmão, na Casa de Saúde São Sebastião, na cidade do Rio de Janeiro, em 30 de abril de 1962 (30 de janeiro segundo Carlos da Silva Lacaz), tendo sido enterrado na cidade de São Paulo.
Manoel Dias de Abreu destacou-se sobretudo por sua valiosa contribuição à profilaxia da tuberculose, revolucionou os métodos da pesquisa radiológica (fotografia do écran fluoroscópio, hoje conhecido como abreugrafia), criou e aperfeiçoou vários aparelhos e métodos de exames (o meroscópio, a tomografia simultânea, a tomografia vibratória), e traçou novos caminhos para a radiografia pulmonar (princípios da radiogeometria, a quimografia), do coração e do mediastino. (Fonte: http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br)
Foi escritor, poeta, e autor de vários ensaios filosóficos e livros de poesia: "Não ser" (1924); "Substância" (1928); "Meditações " (1936); "Mensagem etérea" (1945); " Poemas sem realidade".
Obras importantes do autor:
ABREU, Manoel de. Mensagem Etérea. 4 Ilustrações e 1 Agua-Forte de Portinari. Rio de Janeiro: Revista Academica, .102 p. Inlcui 4 ilustrações e uma água-forte original de Portinari. Tiragem: 80 exs. (LA)
ABREU, Manoel de. Substância. São Paulo: São Paulo Ed.Ltda, 1928.
No sentimento
Na razão pura
não
se distingue a mão que perdoa
da mão que castiga.
Mas ah! no sentimento
a mão que perdoa
é um grande bem
tu me amas
rumor de aplausos
no ouro da manhã vamos
jogar
sinto em mim a primavera a imensa
primavera
do carinho da gratidão do triunfo
e da alegria
E a mão que castiga
me revolta
é impossível
basta
nunca mais
no meu sangue repercute
todo o clamor
da fome do martírio da vingança
e do abandono.
(In: Substância 165:167 São Paulo 1928.)
Página publicada em dezembro de 2017
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