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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LUIZ D. SALLES

 

Luiz Donizetti Sales. (04/02/1956), Aparecida SP. Morador de Diadema) assina como Luiz D Salles. Poeta, Compositor. Conselheiro Municipal de Cultura na área de Livro, Leitura e Literatura - Integrante do Conselho Gestor do “Ponto de Cultura Laboratório de Poéticas”, articulador da revista homônima e responsável pela editoria das seções Parabólica e Mirante.  Participa de eventos culturais e oficinas de criação textual com escritores e poetas, tais como: Cláudio Willer, João Silvério Trevisan, Marcelino Freire, Edson Bueno de Camargo, J Geraldo Neres, Nelson de Oliveira, Sérgio Vaz. Participou do projeto “Escrita Total: Sob a orientação de Edvaldo Pereira Lima”. Resultando na  coletânea “Palavras de luz 2011”. “Participou da antologia poética, Prêmio Valdeck Almeida Jesus - 2010”. Participou da “Mostra de Artes 2011 de Diadema”. 3ª lugar com a poesia ”Debaixo dos panos” e  Menção honrosa com o Conto – “À navalha”. Publicou secção Parabólica da Revista Antenas & Raízes nº09, uma série de poemas “Abraços”. Livro Antolgia " Tempo Algum2012  - “Alguns poemas” (Dulcineia Catadora 2012). Tem vários Poemas - Terceiro lugar Mostra de artes de Diadema 2013. Com o Poema " A LUA GOTEJA" publicados em antologias, na internet e Blogs.

http://diariodoleitor.wordpress.com/ http://luizdsales.blogspot.com/

 

SALLES, Luiz D.  Os sorrisos das amoras.  São Paulo, SP: Giostri Editora,2014.  98 p.  14x21 cm. ISBN 978-85-8108-6726-2   

 

          brincar

          brinquedos no terreiro
          o mundo girava mais rápido
          na gangorra

          balanço   e gira-gira
          as tonturas que tenho hoje   não é brincadeira
          são arritmias

 

          meus dias

          o dia amanhece no fogão a lenha
          no bule de café sobre a taipa
          as serras cobertas de algodão
          manhã sonha com os raios de sol
          os cachorros cochilam aos pés da porta
          pão e leite na mesa
          a fome ronca
          a vida corre na bica     transparente
          do lado     da parede da casa
          do lado de fora
          o brinquedo querendo brincar
          pés descalços   no chão batido
          [e os dias se completam    lentamente]

 

          nos calcanhares do tempo

          as bolinhas de gude na rua sem saída
          o jogo de pião
          saibros             calcanhares
          os pés nas poças d´água
          o cheiro    ventos de verão
          todos queriam correr
          superar o tempo efêmero
          com suas asas de cristal
          deitar na grama
          ver figuras de algodão no céu
          nos sonhos do Moa
          do amigo Pelé que se foi
          e o João Português que nunca mais vi

 

          colheita

          o sol    ardia à uma da tarde
          as formigas faziam sua colheita
          — eram rápidas
          as crianças libertas
          entre árvores e grama que as rodeava
          tinha de ser tão rápidas quanto o dia
          — o sol punha-se depressa
          crianças desprezam atenção ao tempo
          caminham com ele sem medo do futuro
          e a infância esvai-se na ampulheta

 

          cerca dos desejos

          os pés de tangerina
          era só pular a cerca de arame farpado
          enfrentar dois cães bravos
          o cheiro que exalava
          instigava qualquer imprudência

 

SALLES, Luiz D.  Alguns poemas.  São Paulo: Dulcineia Catadora, 2013.  36p.  16x22 cm.  capa de papelão   “Luiz D Salles “ Ex. bibl. Antonio Miranda

 

Premeditação corpórea

 

Lustrou os sapatos

 

Alinhou o terno

 

&

Deitou-se na lápide

 

Visão

 

Da varanda

A maresia

Cavalga o

vento

Tsunamis de pensamentos

 

VII

 

 

Periférico

Genérico das

ferragens & parafusos

Apodrecidos

Ácidos comendo os muros

Os cantos das ruas

                              Assassinados

 

O vento assovia nas curvas

 

Palavras dissolvidas

Trituradas no esófago

Engolidas pelo útero

 

Esguicha   saliva ácida

Gases

Grades

Prisão

 

Conexão Intra [...]

      Vagina

        Vida

Ecos na escuridão dos cubículos

 



LABORATÓRIO DE POÉTICAS.  No. 9 -Maio de 2011.  Diadema, São Paulo: 2011       No. 1984             Ex. bibl. Antonio Miranda                  

                              

 

                       Abraços

I

O silêncio
Tece o fio das horas
Prepara o caminho
Rupturas no tempo
Deslacra a estrutura
Pelo corte da navalha

II

O silêncio a passos curtos
Desce a ladeira engatinhando
Crianças
Brincam
O olho brilha

Um caracol verde

Rodas de cantigas
Antigas melodias
O som canta    encanta
Muda o curso
Da memória

 

                   III

A noite grita
Ecos
Vultos
Baila os vagalumes
Uma coruja pia
Faminta
A cria grita
Ávida esperança
O rio adormece nos barrancos
Profundamente
As pedras acolhem os
Murmúrios         Quedas águas
O vento sopra as raízes
A noite sonâmbula canta
Caminha no vale de cristal
Desperta florestas    As cores da manhã
Raios na face da noite
Tece um universo de sons


*

Do silêncio
Guardo os ecos
Da infância
*
Tutano
Osso
Inferno
Tudo que está dentro
*
Desmiolado
Aquele menino
Não tem âmago
*
Um varal de galinhas
Nuas e magrelas
No agreste pernambucano

Para seu Antônio Freire

*     

VEJA e LEIA outros poetas de SÃO PAULO em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/sao_paulo/sao_paulo.html

 

Página publicada em outubro de 2023


 

 

 

 

Página publicada em julho de 2014; ampliada e republicada em outubro de 2015.


 

 

 
 
 
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