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LÚCIA RIBEIRO DA SILVA

 

 

Lucia Ribeiro da Silva nasceu na cidade de Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo, em 29 de janeiro de 1939. Graduada em Filosofia e cursou a Escola de Arte Dramática de São Paulo.
Obras publicadas: Os outros, São Paulo, 1963; Jogo Fixo, José Olympio Editora, 1966; Estar para ser, José Olympio Editora, 1973; e La femme fable, Paris, 1983
.

 

De Os Outros (1963):

 

       INVOCAÇÃO

Quero um ritmo dissoluto
como já foi o teu, Manuel Bandeira,
e um conteúdo
feito de coisas quebradas e sujas.
Não, quebradas não, mas quebradiças
e à mercê da agressão de um simples gesto.
Queria ser soldado... já não quero,
ser livre... já não posso,
sou pobre.. não consigo.
De resto, tudo é fuga, não quero estar comigo
mas amo a noite,
o estrépito, as boiadas
que estouram em ampla fúria,
o vento, o vento rude nas latadas,
ciclones comunais, e o povo... nas casas fechado.
Mas não eu, que vou poeta
levar aos centros ciclonais meus versos
pelo gosto de ver tanto lirismo preso,
assim! Despedaçado.

 

Do livro Jogo Fixo, de Lúcia Ribeiro da Silva. Prefácio de Walmir Ayala, Rio de Janeiro, Editora José Olimpio, 1966:

 

 

         O LIMO DAS HORAS

Debate-se o meu escuro
jeito de ser solitária e vazia,
em desespero esfrangalho trapos
do luxo da minha vida que está morta.
Procuro uma janela onde escoar
o limo dessas horas encardidas
com que ansiedade
construo na última janela um muro.

 

REVISTA DE POESIA E CRÍTICA    No.  9 – Brasília – São Paulo – Rio  -
Setembro  1983.  Diretor  José Jezer de Oliveira.    112 p.
Ex. doação do livreiro Brito - DF

 

 

 LOVERCRAFT

A Lua tirou o chapéu e contemplou-me negra
Contra os barcos do sonho foi dar minha cabeça
que explodiu de horror
Magras bestas da noite
Caos rompante
Vampiro amigo meu
taquigrafando um uivo de rimas pleno
Enquanto
sob a inveja vigilante dos deuses guardo para mim o meu
Medo maior


ANGELUS ALPHONSUS

sal de matéria pelo ar
já não espuma
alguma cor desossada laguna
prata pálida
Isto é chorar?
Como um sino
Como uma
capela abandonada a um soneto de Alphonsus
de Guimarães e multidão de sinos
vibro abaixo das lágrimas
Calo, e viro fantástica
Crepuscular

 

*

Página ampliada e republicada em fevereiro de 2023

 

 

 

Página publicada em dezembro de 2019

 


 



 

 

 
 
 
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