Lúcia Delorme, nasceu em São Paulo, em 1974, vive sem Salvador, Brasil. Psicóloga. Inédita em livro. Tem poemas publicados na revista Zunai, na web.
POESIA SEMPRE - Número 33 – Ano 17 / 2010. Hungria e Índice Geral. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2010. 320 p; 17,5 x 25,5 cm. Editor: Marco Lucchesi. ISSN 9770104062006 Ex. bibl. Antonio Miranda. |
12-
Branco de nuvem
bastasse
Gota neste plexo
nutrisse
Luz de pólen
acendesse
Que essa escassez
antiavara,
síntese que amplia,
translumbrasse-nos
22-
Duas vezes o vi
antielétrico:
triste pelos seus
noite em febre
A estampa em que aparece
súbito
é tão dorida
que sem crer
escapa uma prece
E olhe, não foi ontem
o féretro,
nasceram uns
padeci amores
endereços outros
Na tarde
o rosto cavo
é ausência palpável,
intento estéril
eu sei
é demonstrá-lo
Não há riso que amenize
a solidão definitiva,
adeus de novo
clown magrelo
24 - Pancetti
Tento mas o mar não cede:
fímbria de espuma
onda chiando na areia
distância equórea
O mirante ri
do tentame,
que quando muito
resvala no limite
translúcido
Tento mas o mar não cede:
debuxo em safira
desfronteirado entre
céu e água
Lição: o sal sulcando o rochedo,
derrota convertida em memória
Página publicada em julho de 2019
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