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Sobre Antonio Miranda
 
 


 
 

JOSÉ DE FREITAS GUIMARÃES

(  1873- 1944 ) 

 

O primeiro ocupante da cadeira nº 7, José de Freitas Guimarães, nasceu na cidade de Caldas, em Minas Gerais, a 7 de outubro de 1873. Seu pai, João de Freitas Guimarães, era português do Minho e sua mãe, Francisca Lemos de Freitas Guimarães, descendente das raízes mineiras Sanches e Lemos Brandão.

 

A família mudou-se para Campinas, quando José de Freitas Guimarães, o menino Joca como era chamado, tinha sete anos.

Fez os primeiros estudos no Colégio de Malaquias Guirlanda, do qual foi expulso após incidente com o diretor. A palmatória era aplicada nesse colégio com excessiva severidade, o que levou o aluno Freitas Guimarães a escrever umas quadrinhas incisivas que foram parar nas mãos do diretor. Sabe-se que chegaram à agressão física.

Expulso do colégio, foi encaminhado pelo pai à loja de ferragens de Totó Couto, o Major Antonio Francisco de Andrade Couto, de antiga família paulista que se instalara em Campinas.

A tendência literária de Freitas Guimarães não agradava ao pai, mas era incentivada por Totó Couto, que o dispensou de trabalho em tempo integral para que o jovem pudesse frequentar o Colégio "Culto à Ciência", dirigido por Alfredo Pujol. Nesse estabelecimento de ensino, Freitas Guimarães conviveu com pessoas cujos nomes passaram à história: Edgar de Souza, Heitor Penteado, Ernesto Pujol, para citar apenas três. Dedicava-se também ao comércio, que o ligava à cidade de Santos, polo comercial alicerçado na exportação de café.

Aos 22 anos formou-se na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Foi promotor público e sub-procurador do Estado. Após 17 anos de serviço à Justiça Pública, renunciou a tudo. Segundo Rufiro Tavares essa renúncia deveu-se a "incidentes, nos quais a linha de integridade moral, com que então se mantivera no munus administrativo, lhe não permitia transigências sob quaisquer aspectos".

Mudou-se para Santos, onde abriu banca de advocacia. Sua casa era frequentada por Martins Fontes, Waldomiro Silveira, Agenor Silveira e outros escritores. A jovem Guiomar Novaes, mais tarde notável pianista, também participava dessas reuniões.

 

José de Freitas Guimarães publicou os livros de Poemas: Estrofes, Musa Nova, Fuga das Horas, Ainda, Ainda e sempre. E no campo do Direito: A Intervenção do Direito Internacional e O realismo positivista no Direito Público. Traduziu Rostand: Trechos do Chantecler.

Faleceu em Santos no dia 25 de agosto de 1944.

(Biografia escrita por Anna Maria Martins.)

 

WORMS, Pedro de Alcântara, org.  232 poetas paulistas. Antologia.  Rio de Janeiro: Conquista, 1968.  403 p.  13,5x20,5 cm.  Capa: Célio Barroso.

 

                VIÚVO

 

Andava triste e só, com a cabeça curvada,
Sem fé, olhando o chão, célere e curto o passo;
Se acaso olhava alguém, Esse olhar era escasso:
Logo os olhos baixava à terra renegada.

 

Vivia a conversar com a sombra projetada
À sua frente, ao lado, atrás de si: no espaço
Azul jamais fitou o olhar tristonho e baço;
Jamais se incomodou com o rir da garotada.

 

De quando em quando, entanto, o brilho de um sorriso

Enfeitava-lhe a boca, iluminava o rosto

E logo se escondia, entre discreto e franco...

 

Nesse instante, talvez, do passado indeciso,

O vulto da mulher, como a luz de um sol posto,

Surgisse a lhe acenar, feliz, com um lenço branco!

 

 

PUJOL, Hypolyte.  Anthologie Poètes Brésiliens. Preface de M. de Oliverira Lima.    S. Paulo: 1912.  223 p.      Ex. bibl. Antonio Miranda    

                             

        LA LARME

Goutte limpide, ô larme, à couler si sereine,
Larme, fille du cœur, de la souffrance humaine.
O toi, soulagement divin,
Sans toi, larme bénie, ô perle précieuse,
La vie, hélas ! serait une vie orageuse,
Serait une douleur sans fin.

Quand du sein meurtri tu montes aux yeux, muette,
Je sens couler tout chaud en mon âme inquiète
Un baume de paix e douceur ;
Je sens de mon âme où menaçait l´orage
Reprend sa première couleur.

Quelque cruel que soit le mal que me torture,
Ta présence suffit, larme bénie et pure.
Pour que je me sente à nouveau
Le même homme d´hier, au cœur plein d´espérance,
Pour que des femmes je pardonne l´inconstance,
Rêvant un songe toujours beau.

Mon esprit resplendit de nouvelle lumière ;
L´amour vient réchauffer de sa flamme première
Ce cœur que je sentais si froid.
Je revois le soleil, mon âme que sommeille :
Je crois à l´avenir… je crois.

Heureux qui connait ta vertu qui nous retrempe,
Source du bien, de vie, sainte huile de la lampe
De nos jours, pleur consolateui !
Malheureux qui jamais n´a pu verser de larmes !
Son cœur pétrifie ne connait point d´alarmes…
A sept clés Dieu ferma son cœur …

Les larmes de nos yeux sont le sacré baptême ;
Païen qui ne connaît  point la vertu suprême
Du sel que l´on rencontre en toi,
Larme qui viens du cœur, larme consalatrice,
Des tristes au lustrale ! — Oh ! que mon Dieu bénisse
L´espoir que vient renaître en moi !

*

      

Página publicada em janeiro de 2023

 

 

Página publicada em junho de 2017


 
 
 
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