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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

JOSÉ BONIFÁCIO, O MOÇO

JOSÉ BONIFÁCIO, O MOÇO
(1827-1886)

 

José Bonifácio de Andrada e Silva, o Moço, nasceu em Bordéus, França, e faleceu em São Paulo. Foi um poeta, orador, jornalista, formado em Direito pela Faculdade de São Paulo, SP, Brasil. Sobrinho-neto de José Bonifacio, o Patriarca da Independência.

Foi escolhido por Medeiros e Albuquerque como patrono da cadeira 22 da Academia Brasileira de Letras, fundada em 1897, e como patrono da cadeira 7 da Academia Paulista de Letras, fundada em 1909.

 

TEU NOME

            Teu nome foi um sonho do passado;
            Por um murmúrio eterno em meus ouvidos;
            Foi som de urna harpa que embalou-me a vida;
            Foi um sorriso d´alma entre gemidos!

            Teu nome foi um eco de soluços
            Entre as minhas canções, entre os meus prantos;
            Foi tudo que eu amei, que eu resumia:
            Dores... prazer... ventura... amor... encantos!

            Escrevi-o nos troncos do arvoredo,
            Nas alvas praias, onde bate o mar;
            Das estrelas fiz letras - soletrei-o,
            Por noite bela, ao mórbido luar!

            Escrevi-o nos prados verdejantes
            Com as folhas da rosa ou da açucena!
            Oh! quantas vezes na asa perfumada
            Correu das brisas em manhã serena!

            Mas na estrela morreu; caiu nos troncos;
            Nas praias se apagou; murchou nas flores;
            Só guardado fícou-me, aqui, no peito
            — Saudade ou maldição dos teus amores.

 

SILVA, José Bonifácio de Andrada e.  José Bonifácio (O velho e o moço).  Lisboa: Livrarias Arlaud e Bertrand, 1920.  298 p.  (Antologia Brasileira  organizada por Afrânio Peixoto e Constâncio Alves )  12x18 cm.  Capa dura.  Ex. bibl. Antonio Miranda.   

 

ÁRVORE SEGA

 

Sim, os tufões da noite te despiram;

O inverno as folhas tuas requeimou;

Erguida e só, no tope da montanha,

És a imagem do tempo que passou.

 

Ontem, altiva, os ramos ostentavas;

Hoje, curvada estás, pobre infeliz!

Quem vê-te assim, princesa destronada,

Alça uma prece a Deus, e baixo a diz.

 

Cada galho dos teus sabe uma história;

Também a sabe o tronco escodeado,

Como os ossos do morto, a cruz das campas,

E as ruínas do templo derrocado.

 

Ao som da tempestade, entre gemidos,

Os furacões nocturnos te adoraram.

És qual mulher, que o gozo consumira,

Ou mágoas para a terra debruçaram.

 

Do monte a grimpa te serviu de sólio;

Rendeu-te o sol um preito de homenagem;

Terás por leito o vai; e o viajante

Há de buscar em vão tua ramagem.

 

Quando te vejo assim, penso que sonhas;

Penso que tens um'alma, um coração;

Que sentes como eu sinto; que estremecem

Tuas raízes, neste fundo chão!

 

Eras vistosa e de folhuda copa...

E hoje, árvore sêca e descarnada!

Quem sabe si, amanhã, dobrando a fronte,

Tombarás por um raio fulminada ?!...

 

Também da vida as tolhas me caíram,

E já talhei, tão moço, o meu sudário!

Eu dormirei na vala dos cadáveres,

Tu, no cimo do monte solitário!

 

 

SONETO

 

Se te procuro, fujo de avistar-te

E se te quero, evito mais querer-te,

Desejo quási, quási aborrecer-te

E se te fujo estás em toda a parte.

 

Distante, corro logo a procurar-te,

E perco a voz e fico mudo ao ver-te;

Se me lembro de ti, tento esquecer-te

E se te esqueço, cuido mais amar-te.

 

O pensamento assim partido ao meio

E o coração assim também partido

Chamo-te e fujo, quero-te e receio l

 

Morto por ti, eu vivo dividido,

Entre o meu e o teu ser sinto-me alheio

E sem saber de mim vivo perdido.

 

 

OLIVEIRA, Alberto de. Páginas de ouro da poesia brasileira. Rio de Janeiro: H Garnier, Livreiro-Editor, 1911. 420 p. 12x18 cm Ex. bibl. Antonio Miranda

 

Inclui os poetas: Frei José de Santa Rita Durão, Claudio Manuel da Costa, José Basílio da Gama, Thomas Antonio Gonzaga, Ignacio José de Alvarenga Peixoto, Manoel Ignacio da Silva Alvarenga, José Bonifacio de Andrada e Silva, Bento de Figuieredo Tenreiro Aranha, Domingos Borges de Barros, Candido José de Araujo Vianna, Antonio Peregfrino Maciel Monteiro, Manoel de Araujo Porto Alere, Domingos José Gonçalves de Magalhães, José Maria do Amaral, Antonio Gonçalves Dias, Bernardo Joaquim da Silva Guimarãaes, Francisco Octaviano de Almeida Rosa, Laurindo José da Silva Rabello, José Bonifacio de Andrada e Silva, Aureliano José Lessa, Manoel Antonio Alvares de Azevedo, Luiz José Junqueira Freire, José de Moraes Silva, José Alexandre Teixeira de Mello, Luiz Delfino dos Santos, Casemiro José Marques de Abreu, Bruno Henrique de Almeida Seabra, Pedro Luiz Pereira de Souza, Tobias Barreto de Menezes, Joaquim Maria Machado de Assis, Luz Nicolao Fagundes Varella, João Julio dos Santos, João Nepomuceno Kubitschek, Luiz Caetano Pereira Guimarães Junior, Antonio de Castro Alves, Luiz de Sousa Monteiro de Barros, Manoel Ramos da Costa, José Ezequiel Freire, Lucio Drumond Furtado de Mendonça, Francisco Antonio de Carvalho Junior, Arthur Narantino Gonçalves Azevedim Theophilo Dias de Mesquita, Adelino Fontoura, Antonio Valentim da Costa Magalhães, Sebastião Cicero de Guimarães Passos, Pedro Rabello e João Antonio de Azevedo Cruz.

 

 

 

O REDIVIVO

 

Dorme o batalhador... Porque Choral-o?
Armas em funeral! Silencio, oh ! bravos !
         Que a dôr o não desperte!
Tão só, tão grande, sobre a terra, inerte!
A pátria, além, partido o coração...
Saudade imensa, e immensa solidão !

 

Não o despertem ! Elie dorme agora,
Embalado nos braços da metralha,

         Ao trom da artilheria,
Por lençol, a bandeira; em terra fria,
Tem por leito os trophéos; por travesseiro,
Tem o canhão, no somno derradeiro!

 

Sorrindo adormeceu, a espada em punho, A
 imaginar, sonhando, ouvir no espaço

         O clarim da investida !
A' cabeceira, a Morte, agradecida!
Aos pés, a Gloria; e, ao lado, ajoelhada,
 A Patria, pobre mãe desventurada!

 

Segura as rédeas do corcel sem dono
Formosura sinistra, olhar infindo,

E' a deusa da guerra!
Mede os espaços, os confins da terra...
 Quer despertal-o : treme, o passo é incerto
Estende a mão, e aponta p'ra o deserto!

 

Quando elle adormeceu, na mente insana,
Homéricas visões lhe appareceram !

         Olhou fito o seu norte...
— « Eu sou a Eternidade, » disse á Morte
« Do meu ginete o pé a terra abala;
Quando eu caminho, a viração nem fala! »

 

E que eternas visões!... Na marcha ousada
Para saudal-o, os mortos levantavam-se;

         Tocavam as cornetas;
As peças disparavam nas carretas;
E, ao cabo do caminho, a doce paz
Lhe suspendia os arcos triumphaes!

 

Elle via — qual mar tempestuoso

De ondas revoltas — umas após outras,

         Da audaz cavallaria
As cargas, que a Victoria presidia;
E, salvando a galope a immensidade,
Dizia á Morte : —« Eu sou a Eternidade!

 

As montanhas se abatem, quando eu passo
O rio inclina o dorso, e me saúda,
         Se me apeio em caminho!
O meu cavallo é águia; o céo é ninho;

A fome, a peste, a chuva, em véos de fumo,
São meus soldados, guiam-me no rumo! »

 

E que eternas visões!... Em valle immenso,
A narina incendida, o peito arfando,

         O ginete parava!
Eis a voragem !... Lá no fundo a lava,
Que entornam os volcões da artilheria,
E exercito de mortos, que se erguia!

 

Depois, nuvem de fogo, uns sons tremendos,
Um estalar de ossos, ais, mil pragas,

         Uma orchestra infernal!
Num mar de sangue o sol como phanal!
Os tambores rufando, armas quebradas,
Bandeiras rôtas, retintim de espadas!

 

Um trovejar sem fim, um largo incêndio...
Mas elle, á frente, no corcel, fitando

         O infinito, seu norte,
Dizia á Eternidade : — «Eu sou a Morte;
Meu cavallo é o destino; o céo, mortalha;
 Meu braço é raio; o coração, muralha!

 

Ao vêr-me, tremulante. as palmas dobra
A alta palmeira; estreitam-se os banhados;

         O arroio nem transborda;
No firmamento azul, o sol accorda;
— « Quem é — pregunta a noite á ventania,
 Este archanjo de luz e de poesia? »

 

—      « E'da floresta o rei!... » exclama o vento;

—      « E'o espectro do sol!... — aflflrma a estrella;

         Das aguas o senlior !... » }
Murmura o rio um cântico de amor;
E a tempestade diz : « — Meu cavalleiro,
Tens por corcel as azas do pampeiro! »

 

............................................................

 

 

E corre, e corre... Ao cabo da carreira,
Immenso boqueirão, fosso sem bordas,

         Tranca-lbe o espaço a cruz!
Em baixo, a densa treva; o cimo é luz !
— « Basta !... lhe brada a voz da Immensidade,
A morte foi teu guia á eternidade!... »

 

Armas em continência! é um morto vivo!
Eil-o que passa agora, erguido ao alto,

         No esquife da victoria !
O Brasil o saúda, e tu, Historia,
Um poema de luz de novo escreves!
Soldados, cortejae Andrade Neves!

 

 

 

 

UM PÉ

 

Adorem outros palpitantes seios,

                   Seios de neve pura,
De angélico sorrir meiga fragrância,
Ou sobre collo de nevada garça,
Caindo a medo em ondas alouradas,

Adorem o coral do lábio ingrato,

                   Na alvura do alabastro,
A voz suave, o pallido reflexo
Da luz do céo em face de criança;
Ou sobre altar erguido á formosura,
Na fronte ebúrnea a mórbida brancura.

 

Adorem outros de um airoso porte
                   Relevados contornos;
A magestade da belleza altiva,
O desdenhoso riso, o collo, o gesto,
A descuidosa mão que a trança alisa,
Na tripode infernal a pythonisa.

 

Não ! não quero painéis de tal encanto !
                   Tenho gostos humildes :
Amo espreitar a negligente perna,
Que mal se esconde nas rendadas saias,
Ou vêr subindo o patamar da escada,
Sem azas, a voar, um pé de fada.

 

Um pé, como eu já vi, de tez mimosa,

                   De tez folha de rosa,
Leve, esguio, pequeno, carinhoso,
Apertado a gemer num sapatinho;
Um pé de matar gente e pisar flôres,
Namorado da lua e pai de amores !

 

Um pé, como eu já vi, subindo a escada

                   Da casa de um doutor...
Da moçoila gentil a erguida saia
Deixou-me ver a delicada perna...
Padres, não me negueis, se estaes em calma,
Um coração no pé, na perna uma alma.

 

Um pé, como eu já vi, junto á ottomana,

                   Em férvido festim,
Tremendo de valsar, envergonhado,
Sob a meia subtil, e a côr do pejo
Deixando fluctuar na meia azul...
Requebro, amor, feitiço, um pé taful!

 

Poeta do amor e da saudade,

                   Depois de morto, peço,
Em vez de cruz sobre a funérea pedra,
A fórma de seu pé : foi o meu culto...
Quero sonhar o resto, emquanto a lua,
Chorosa e triste, pelo céo fluctúa.


HADAD, Jamil Almansur, org.   História poética do Brasil. Seleção e introdução de  Jamil Almansur Hadad.  Linóleos de Livrio Abramo, Manuel Martins e Claudio         Abramo.  São Paulo: Editorial Letras Brasileiras Ltda, 1943.  443 p. ilus. p&b  “História do Brasil narrada pelos poetas.  

HISTORIA DO BRASIL – POEMAS  

 


Reprodução fotográfica Pedro Oswaldo Cruz

Marília de Dirceu, 1946       Guignard
Óleo sobre gesso e cola

 

ADEUS DE GONZAGA

 

Adeus, Marília, adeus! o sonho corre,
Vai-se gastando a vida, vai fugindo
Estremece-me a voz, ei-la que morre,
Inda o teu doce nome repetindo.
Uma hora lá vem, outra decorre,
E eu vejo em prantos o teu rosto lindo!
Adeus, Marília, adeus! a sepultura
Abre-me agora um leito em terra escura.

Ai, como é feia a terra do desterro!
Aqui veja no fonte debruçada,
Aqui lançou-me a liberdade, — o erro
De prestar à inocência vassalagem;
Aqui no chão do exílio, onde me enterro
Inda plácida brilha-me tua imagem;
Luar das minhas noites, sol do dia,
O corpo aquece-me, — eis a terra fria!
.......................................................

 

Oh! como surge agora enfeitiçada
Aquela minha terra dos amores!?
Aqui vejo na fonte debruçada,
Flor que o rosto inclinou entre outras flores.
Ali na face nívea a mão pousada,
Rosa que decorou em seus ardores;
Mais além, sob a copa do arvoredo,
Contando ao sol da tarde o seu segredo.

Ai! Marília, Marília! que é da vida
Que em meus braços contigo então sonhava!?
A casa, o ribeirão, a luz sumida,
Detrás do monte...  Além... que desmaiava!
Da ovelha desgarrada a voz perdida,
O gado que sozinho ali pastava;
O chão, a relva, a fonte, as lindas flores,
Nosso céu, nossa luz, nossos amores?!

Nada, nada ficou!... neste deserto
O tênue sopro desta vida expira;
Mal bate o coração, já não acerto
Esses hinos do amor que a alma delira!
Eis lá na sepultura vejo ao perto
Murchas coroas e quebrada lira,
Trevas, silêncio...  solidão... horror!
Nem um prantos... um gemido... uma só flor...

 

        (POESIA DE JOSÉ BONIFÁCIO — Laemmert
& Cia. Editores –Rio de Janeiro,  s/d.).

 


TEXT EN FRANÇAIS

PUJOL, Hypolyte.  Anthologie Poètes Brésiliens. Preface de M. de Oliveira Lima.      S. Paulo: 1912.  223 p.   
                                                            Ex. biblioteca de Antonio Miranda

 

 LE FIED

 
D´autres convoiteront, d´un regard sacrilège,
Deux beaux seins plapitants, deux deins de blanche neige,
Le rayon attayant d´un sorire enchanteur;
D´autres convoiteront des tresses embaumées
Tombant en flots dorés d´épaules parfumées,
Des anneaux ondoyants sur une gorge en fleur,

Ou le carail saignant de lèvre dédaigneuse
Sur un écrin d´albâtre…
Une pose rêveuse
Et le pâle reflet de tous les feux du ciel
Sur les roses de Mai d´une joue enfantine
Séduiront d´autres coeurs… Qu´une taille divine
Présente aux regards d´un contemplateur charnel

Avec un port gracieux, sous un tête altière,
En contours arrondis, sous un geste sèvère
Tous le appas promis par un fuit seducteur,

Qu´un autre adore encor une main qui caresse,
Indolente et sans art, la souple et longue tresse
Des cheveux d´une belle…  De tels ravissements,
De tels charmants tableaux, moi, jé n´ai poit envie.
J´ai des goûts plus rampants. J´aime autant que ma vie
 A guetter sur la voie en ses sautillements

Une jambe étoudie à peine déguisée
Sous les plis d´une dentelle frisée;

Oh! j´aime à voir bondir, montant un escalier,
Un pied, pied de fée, à voler sans aile!
Un pied frais et charmant et jambe de gazelle,
Un petit pied mignon, dans un petit soulier,

Un pied tel que j´ai vu, de teint feuille de rose,
Tendre, léger, mutin, quei jamais ne repose,
Chef-oeuvre du bon Dieu, pied meurtrier des coeurs,
Amoureux de la lune et des amours le père,
Un pied digne d´un temple aux bosquets de Cythère,
Digne de ne glisser que sur un lit de fleurs!

Un piel tel que j´ai vu de jeune blanchisseusee,
Un pied qui me ravit (visión délicieuse!),
Franchissant les degrés d´un escalsier tournant;
De la fringante Anna la jupe retroussée
Me laissa voir, malgré sa marche si pressée,
Une jambe où grimpaient les Amours en riant.

Quelle jambe! quel pied!... O vous, mes très Saints Pères,
Malgré les dogmes saints, malgré vos bréviaires,
Au nom du Createur, au nom d´um Dieu d´amour,
Placez, placez un coeur dans le pied de la femme
(Ne vou révoltz pas), et dans sa jambe, une âme;
Ce que Die une sut faire au sixième jour.

Poète de l´âme inconsolée,
Je veux qu´après ma mort sur ma tombe isolée,
Sous um saule pleureur, ma bonne amie em deuil,
De as pieuse main, mais d´une main oculte,
Grave au lieu d´une Croix un pied que fut monn culte…
Je rêverai le reste au fond de mon cercueil!

*

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Página publicada em março de 2024,


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Página publicada em outubro de 2021

 

 

 

Página publicada em maio de 2009; ampliada e republicada em abril 2015. Ampliada em novembro de 2017

 

 

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