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JOÃO QUIRINO


ALMANACH LITTERARIO DE SÃO PAULO para o anno de 1884 publicado por José Maria LisboaSão Paulo: Typorgraphia da “Provincia de São Paulo”, 1883.  263 p.  12x18 cm ( p. 11 ) “ João Quirino “ Ex. Biblioteca Nacional de Brasília, doação de Aricy Curvello.


          Á BARROSO

          Ousado marinheiro, si o infinito
          Mal, nos seios, contém o excelso feito,
          Como de um rio no canal estreito,
          Guardar teu nome, como no granito?

          Chamam-te — Oceano —, e n´elle escripto
          O nome, que o povo tem no peito,
          De orgulho o mar rompêra o próprio leito,
          Crendo-o para tal gloria circunscripto!

          Quando as ballas rasgando o escuro espaço
          Davam às aguas por baptismo honroso
          O sangue de Mariz n´um estilhaço,

          Quem ergueu-se adeante victorioso?
          Quem aos nossos mostrava erguido o braço?
          Foi — Barroso —; chamavam-te — Barroso!

         

*Este bello soneto é um dos poucos escriptos em verso que deixou meu infeliz irmão, aquelle fulgurante talento que era o fina Dr. João Quirino do Nascimento. O grande sentimento poetico poéticoto está principalmente na felicissima  idéa que elle exprime. Meu irmão pôz de lado o título de Barão do Amazonas, para admirar simplesmente o heroe do Riachuelo, com o seu nome próprio.

          “Como de um rio, etc.
          “ ... chamava-te  — Barroso — !”

                                       F. QUIRINO DOS SANTOS.

Idem, p. 151

 

  OS DOUS ESPELHOS

     (CAMPO-AMOR)

Para o crystal de um espelho,
Aos quarenta annos olhei,
E vendo-me feio e velho,
De furia o vidro quebrei.

Da alma na transparência
Eu quiz contemplar-me então,
E tal me vi na consciencia
Que esmaguei o coração.

Ai! Que em perdendo um mortal
Mocidade, fé e amor,
Si olha no espelho váe mal,
Si vê-se n´alma — peior!


Julho, 14, 1881

Página publicada em novembro de 2015


 

 

 
 
 
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