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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

IVAN MIZIARA

 

 

MIZIARA, Ivan; CARAMELLI, Bruno.  Cotidiário.  São Paulo: Massao Ohno, 1981.  s.p.  ilus. 21x21 cm.  Textos de Ivan Miziara e fotografías de Bruno Caramelli. Tiragem: 1500 exs.   “ Ivan Miziara “  Ex. Bibl. Antonio Miranda.

 

 

OPERETA

 

Em tudo que busquei

restou o olhar atilado

e frio do silêncio.

Se por acaso buscasse

o vinho do teu corpo

— carnívoro e voraz —

talvez assim saciasse

a sede do teu olhar.

 

KAOS

          a Jorge Mautner

 

Lancinante caos
em que me divido

e na dúvida

caminho buscando por dentro

um relâmpago de vida

 

O outono range nas veias

e pede o cobro

do triste pêndulo das folhas

quando se percebe

o cotidiano esvair de um calendário

 

Faiando parte desta mistura:

embrigando-se nesta viagem

que homem busca

na tessitura da carne

na fome do ventre

o que chamam amor?.

 

E quando se rompe em tempestades

e quando se escava pelas próprias vísceras

o que espero encontrar

além do meu próprio olhar?

 

 

 

MIZIARA, Ivan.Inventário da Luz.  São Paulo: BMGV Editora, 1999.  55 p.  12x18 cm.  Capra, edição e preparação de texto: Mariângela Bueno.  Foto da capa: Bruno Caramelli.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

         8.

         Cal crua
         brilhante
         quase espuma.

         Depois da tarde
         o perfume
         da luz imatura
         se instaura.

         Não cabe na terra
         a beleza
         da estrela úmida.

         Resta a espera
         única
         do fogo
         que tuas mãos
         incendeia.

 

         SÉCULO 21

         Posto que o tempo é vão
         a máquina das coisas
         funciona ininterruptamente.
         Vamos explodir
         virar semente
         ou tão somente
         seguir em frente?

 

         HERANÇA

         Não sou o que tem letras no nome.
         Minha insígnia no mundo
         tem pouco
         — só sílabas, algaravias.
         É como me defino nesse chão
         sem amofinar com coisas pequenas
         — emblemas, rimas, armadilhas.
         Só me importa o corpo pronto
         poema acabado e completo
         meu espaço e teto.
         É quem me redime
         da inexistência de mim.

 

 

Página publicada em setembro de 2014; ampliada em abril de 2017.

 

 

 
 
 
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