Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

Foto: www.literaturaefechadura.com.br

 

GABRIEL MORAIS MEDEIROS

 

 

Gabriel Morais Medeiros (1988) é natural de Campinas-SP,  é autor do livro de poemas Andrômaca, quarenta semestres (Patuá, 2016). Pela mesma editora, participou da antologia Casa do Desejo (2018) e tem textos diversos publicados em periódicos virtuais, como Mallarmargens, Literatura&Fechadura e Revista Visuais.

Trabalhou como professor de literatura durante 11 anos, em várias cidades do interior paulista.
em trabalhado como professor de literatura em diversas cidades e instituições escolares do interior de São Paulo, desde 2007.  Acredita que o ato pedagógico é violento (como diria Rodolfo Walsh) e poético-aurático. Angustiado com a situação atual da República Federativa do Brasil, tem se tratado com textos de Susan Sontag, principalmente.

 

 

    ANTOLOGIA DO DESEJO  /  VÁRIOS AUTORES.  LITERATURA
QUE DESEJAMOS. PARATY 2018. 
Editor e organizador; Eduardo
Lacerda.   Ilustração e projeto gráfico:  Fernando Mathias. 
São Paulo: Patuá, 2018.  358 p.    13,5 x 20, 5 cm..   
ISBN 978-85-8297-614-2   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

         Pornografia: formas do tempo e do cronotopo


        Canudo cervical, goma molenga:
tua tuba medular, acolchoada,
vivaz-compactável, néctar visgoso,
Polpudo-fluorescente, como uns ícones
de alguns aplicativos que baixaste —
ouro de telas, de uns ecrãs, do Snapchat
(da moldura ao redor do fantasminha),
desta cor é o que tens dentro dos ossos,
nos microtúneis prenhes dos tutanos.

         Sim! Quatro milhões de cápsulas e ovas
no cordão de tua nuca vertebral
pontilham-se: raízes nutridoras,
lençol irrigador de teus cachinhos.
Através de teu crânio, e através
do cocoruto, à carne eclode a mecha,
e o assombro da madeixa bruxuleia,
feito isqueiros digitais, nectarinas.

 

 

 
 

         Semifinal no semáforo, caloura
elimina o cínico jovem empresário


        No sinal, encharcaram-na de guache:
é o Trote do Mendigo, e esta bixete
melindrosa, com carinha de boquete,
chega ao vidro, e me pede que o abaixe!

         Faz biquinho, implorando-me que eu ache
uma esmolinha, prá livrar de ser joguete
de um veterano mau, com quem se compromete
e arrecadar o dobro que de praxe...

         Na carteira, no console encontro um troco,
que lhe taco, brincandinho, na caneca.
Ela sorri, e com faceta de sapeca,
vem questionar: “um real é muito pouco!”

         “E se eu fosse uma pedinte, ou um craqueiro,
aceleravas, e não davas dinheiro...”

 

 

Página publicada em agosto de 2019

        

           

 


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar