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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

FERNANDO ARUTA

 

Poeta e jornalista de São Paulo, nascido em 1959, cursava Engenharia Química quando da publicação do livro Quadrívio, em 1980.
Fazia parte do Movimento Poético Nacional desde 1977 e do Grupo Poeco-Só Poesia desde 1979. Participou das antologias  “Os Poetas Estão Chegando” — Editora Soma; “Ensaio” I, II, III e IV, pelo Grupo Poeco-Só Poesia. Recebeu menção honrosa no I Concurso Mackenzie de Poesia Universitária.

Atualizando a biografia:

Fernando Aruta, em 1980, publicou poemas no livro “Quadrivio” e quase quarenta anos depois publica seu trivium e coroa, com competência e primor, esta jornada onde na letra impressa faz encarnar diversas qualidades da sua personalidade e, com requinte de refinada técnica literária, proporciona alegria e reflexão. Nestas décadas o amadurecimento do autor se faz sentir também na obra que ora nos brinda.  Se em 1980 os versos apresentavam a insatisfação do jovem no esplendor de 21 anos de idade, sua poesia agora é um firme libelo onde o quase sexagenário “tira o atraso” e revela a intensidade da paixão que consome sem extinguir e consuma sem esgotar os amores que traz no olhar maduro, no sorriso terno, na voz grave e firme como são os passos e caminhos da vida que além de experimentada, é esmiuçada para engatar pretérito e futuro, pois Fernando Aruta ainda arquitetará muitas almas e caminhos ao redor das órbitas que cria para que pessoas amigas e, agora, seus leitores, consigam verificar, experimentar e perscrutar os universos nos quais se expande.
Fonte: liberars.com.br

 

Desenho de MAY SHURAVEL:

 

QUADRÍVIO: Fernando Aruta, Ivana de Arruda Leite, José Luiz Aidar, Waldemar Gaspar Jr.    Desenhos de May Shuravel.
São Paulo: Massao Ohno Editor, 1980.  s.p.  18x27 cm. 
Col. bibl.  Antonio Miranda.

 

A seguir, uma seleção dos poemas do livro QUADRÍVIO:

 

        PURANÁLISE

             Dar vazão aos pensamentos excretas
e sublimar o instante vazio...

 

         TODISSÉIA

Homens espaço mundo vivos,
espaços tomando espaços
em terra base sem flores.
Humanidades perdidas
ao ferro de naves errantes.
Florestas queimadas
em corações exércitos.
Alvoradas armadas
Apolo quase incapaz.
Luzes sonantes de fogo,
o mar não se ergue protesto.

Por Júpiter, Marte possuído!

Carrossel gira mentes
tecnos, cronos, cracias.
Aquiles derrubado.

Sob oceanos,
camadas típicas
do que não se conhece
(chora-se por ondamar quebrando).
O escudo é o limite.
Netuno, por hipótese,
cogita o Olimpo.

Vênus e ninfas desabam
de morro amor elevado,
sobrado três andares
(cabeça, corpo e alma)
sobrado.

Hércules quereria
polir o mundo.


                TODISSÉIA II

Almas espaço mundo mortas,
cifras tomando cifras
em terra base sem homens.
Fraternidades perdidas
ao aço comércio pensante.
Sonhos queimados
em mentes exércitos.
Obstáculos armados,
Vênus impotente.

Mercúrio viaja
levando ultimatum ao amor.
O par dos sóis tristes
encobre os neuróticos
(note-se gelogente constante).

Por Júpiter,  Minerva reina!

Corações tochas se apagam
no centrocorpo rígido,
casebre da terra
(brisa, brilho e lira)
na terra.

Dédalo resolveria fugir.




NÃO POR SI SÓ

Garrafas vazias
nunca constituirão
adegas consistentes.
Inútil sanar uma ferida...
O curativo
é sempre menor que a dor.

Garrafas vazias
nunca estarão cheias por si só.
Inútil serem bonitas,
fútil ser consumido
pelo rótulo.

 

 

                FANTASIA

        Viagem marcada.
Esse incrível transporte
conduz a incríveis jardins
suspensos pela magia,
travessos pelos perfumes.
Olhos em êxtase,
os desejos particulares em armaduras
derrubam as frustrações frias amazonas.
Porque toda fantasia é real,
esta também termina
até o sono seguinte.




INSATISFEITO

Salve o homem conciso,
o homem
circunspecto,
o homem circunciso.
Salve este que segue regras
para expressar a rebeldia.
Sistemas novos
em concentrações de massa
são apenas arte de inovar.
O eterno insatisfeito
confirma sua discordância
desintegrando.
Só o humano se desobedece.

 

 

                CULTURA DE MASSA

Soem trombetas
porque chega em triunfo
a cultura de massa.
Tudo roto,
rompido, corrompido,
lavado enxugado,
mordido digerido.
Levantem bandeiras a meio-pau
porque a imaginação reclusa
trouxe a claustro e condição
os verdes louros da invenção.
Mastigado engolido.

 

 

       LABIRINTO

Arquitetura mental,
figuras que fogem do desenho
de um corpo de mulher.
Mais que uma caverna sem luz,
é um centro de sons e vozes
que ecoam.
Cada pisicoeco
mergulha em lãs de ovelhas
e cresce (permitido?)
e foge ao decreto de tosquia.
Valesse Teseu a esses tempos
e o Minotauro presente
urraria menos que as ideias.




RE-REMENDO

Conflito inter-classes,
inoperabilidade atuante.
Reina um musgo excitador
que joga pelos mais altos
e falta aos reclamantes.
Por justiça
(injustiça como sempre)
mais um aniversário se comemora
do choque.

 

 

Página publicada em julho de 2020

 


 

 

 
 
 
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