EDSON FERREIRA DA SILVA 
                    
                  Nasceu aos 03  de julho de 1914, natural de Santa Isabel,  Estado de São Paulo.  
                    Autodidata, ex-combatente da Revolução Constitucionalista de 1932. 
                    Delegado Censitário de reconhecimento de 1940 no Município de Campo Largo.  Aposentado (em 1986) do funcionalismo público municipal. 
                    
                    
                    
                  NOVA POESIA BRASILEIRA. VOLUME 4... Rio de Janeiro:  Shogun Editora e Arte Ltda., 1986;   121  p.   Capa e Coordenação Editorial:  Christina Oiticica.   
                    
                          O livro  inclui 100 poetas, dos quais escolhemos uns poucos dentre os nascidos e/ou  residentes nos estados brasileiros ainda pouco representados em nosso Portal de  Poesia Ibero-americana , e mais uns (pouquíssimos) de outros estados que ainda  não figuravam no referido Portal, com a intenção paralela de divulgar o  trabalho editorial da Shogum.   Ex. na  bibl. Antonio Miranda. 
                    
                   A seguir, um poema sobre o Rio Paraíba  do Sul: 
                  (Foto: http://site.sabesp.com.br): 
                  
                    
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                           PARAÍBA 
                       
                      Privilegiado criador  de piabinhas 
                        que  banha os campos e as plantações protege. 
                        Nasceu  pequeno entre montanhas, 
                        o  lendário rio que este vale rege. 
                       
                        Vigilante  atento, o Paraíba desce, 
                        serpenteando  pelo vale afora. 
                        Caudaloso  e manso, ele permanece 
                        tão  importante como foi outrora. 
                       
                        Ondulado  aos sopros dos ventos, 
                        ele  nos recorda do passado a glória. 
                        Das  emoções dos acontecimentos 
                        que  ora vivem nos anais da história. 
                       
                        Hoje  pouco dá aos pescadores 
                        dos  peixes que restam das poluições. 
                        Com  aplausos e também louvores 
                      ele  desliza entre as gerações. 
                      
                      
                    
                    ANUÁRIO DA POESIA BRASILEIRA  1995.  Organizador  : Laís Costa Velho.  Rio de Janeiro:  CODPOE – Cooperativa de Poetas e Escritores, 1995.  116 p.                     Ex. bibl. Antonio Miranda 
                      
                            EXPECTATIVA  
                       
                      É  mais um coração materno em festa, 
                        pelo  sangue do filho que respira. 
                        Quer  vê-lo, pois assim se manifesta, 
                        num  desejo incontido que delira. 
   
                        A  Deus suplica pelo ser bendito, 
                        expressando  profunda gratidão; 
                        com  as mãos postas para o infinito 
                        reza  com as mãos em seu coração. 
   
                        A  expectativa é grande e incerta. 
                        Será  menina? Um criança esbelta, 
                        ou  menino, a sua grande aspiração. 
   
                        Um  ou outro, será um justo motivo, 
                        para  a exaltação desse dia festivo 
                        com  uma agradável recepção. 
   
   
   
                        MÃE, TER OU NÃO  TER  
   
                          Ter  mãe é sentir a felicidade 
                        de  conviver com amor e bondade 
                        e  com adorável orientação. 
                        Ter  mãe, é ver tudo com alegria, 
                        ouvindo  uma voz tão meiga e macia, 
                        orar  dia a dia por nossa intenção. 
   
                        Não  ter mãe, é como viver sozinho, 
                        procurando  em vão achar o caminho 
                        do  materno amor que dignifica. 
                        Não  ter mãe, é irremediável, é triste. 
                        de  todos os males, é o pior que existe; 
                        a  solidão mais cruel que mortifica.  
   
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                        Página ampliada e republicada em julho de 2023 
                     
                    
                      
 
                     
                      
                   
                    
                  Página  publicada em maio de 2020 
                
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