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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


CYRO PIMENTEL

CYRO PIMENTEL
(1926-2008)

“Cyro Pimentel, de alma por demais obsidiada de sombrias preocupações, para poder entreter-se a convertê-las em adivinhas”.  Hernani Cidade

“A nobre poesia de Cyro Pimentel (renovada em cinco livros) e “esse mistério de unidade e pacto lírico, que nos leva à visão do azul”. O poeta tem “sede de ser fonte”. Ele próprio se capta perfeitamente, ao escrever com a maturidade plena que já agora o caracteriza (...)” Antônio Carlos Villaça, 1978

 

"Sua poesia — mística e nostálgica — reflete o temperamento de um ser desterrado no mundo".

Péricles Eugênio da Silva Ramos

 

"Sabemos das fontes poéticas de Cyro Pimentel e dos epígonos de Gérard de Nerval e Sá--Carneiro que têm atuado no esoterismo implícito d'e sua poesia. O que logo notamos em seus poemas, em suas atmosferas nebulosas e sombrias sem iluminações, é a supremacia do essencial pessimista e duma trágica solidão a pairar sobre tudo o mais, inclusive sobre a própria expressão.

Cyro Pimentel não é um renovador de formas ou de ritmos. O que ele renova na sua geração é o automatismo psicológico da inspiração. Chega a ter nisso qualquer coisa de vidente"...

Maria de Lourdes Teixeira

 

"Cyro Pimentel, de alma por demais obsidiada de sombrias preocupações, para poder entreter-se a convertê-las em adivinhas".

Hernani Cidade

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS  -  TEXTO EM INGLÊS

 

PIMENTEL, CyroPoemas atonais.  São Paulo: Clube de Poesia, 1979.   69 p.  14x20,5 cm “ Cyro Pimentel ” Ex. bibl. Antonio Miranda

 

SÃO PAULO

 

Mergulhado no cinzento do seu concreto

Asfixiado vivo.

 

Sonho corredores de vento

No labirinto do seu concerto.

 

                              (De Poemas atonais, 1979)    

   

 

DESTINO

O frio que devassa
O impossível
Protege o inexprimível deus.
As mãos que se oferecem
Puras,
São invisíveis gestos ressentidos.

Vessar o deserto de ventos...ç

 

PAISAGEM

Ùltimo  sol de outubro.
Lembranas antigas crestam o pensamento.
Infância, olhares, alegrias
Dançam a auréola submissa.
A linguagem inexiste na
Réstia do último sol de outubro.



LUTA

Fujo do poema,
Cansado como se estivesse
Revolvido as palavras do caos.
Mas foi a luta dos momentos não-vividos,
As tristezas interiores, a fuga da vida,
O pavor do fantasmagórico,
O deve e o haver,
Da Razão,
Da existência.
Foi suportar a insensibilidade humana
E a degenerescência da poesia.

 

PIMENTEL, Cyro.  Paisagem céltica. Antologia poética.  São Paulo, SP: Roswitha Kempf Editores, 1985.  Prefácio Gilberto Mendonça Telles.  120 p.  14x21 cm.  “ Cyro Pimentel “ Ex. na bibl. Antonio Miranda

 

18                                                                                                                                                                                                                   

A Reynaldo Bairão

 

Ao norte limita-se a morte com os cabelos desesperados

Ao sul fogos arborescentes estendem-se aos corpos-superfícies

 

E a vida que viveste

Será a solidão dos olhos sem bússola.

 

Em tua estrada cruzaram-se luzes de gnomos

E a tua boca sorriu ao chão doente de sonhos.

Falsos zodíacos orientaram-te à vida

E tu és.                                                                                                                                                                                                            

Eu caminhante, sou a imaginação de mim!                                                                                                                                                                                                                                    

 

 

PIMENTEL, Cyro.  Poemas.   São Paulo: Clube de Poesia, 1948.   33 p.  (Cadernos deo Clube de Poesia)    “ Cyro Pimentel “  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

8

 

Praias esquecidas, noite de viagens, ilhas,

O esquecimento da vida, corpos náufragos, amor,

E pássaros exilados são deuses silenciosos: Sonhemo-los.                                                                                                                       

Nossos olhos sem forma para o sonho,

Extraviam-se; palmeiras os limitam à solidão de outrora.

Não sentimos nossos corpos antigos, nos perdemos no labirinto
                                                                               dos céus,

E presentes, há nostalgia de estrelas fugidias, sonhos de horizonte.

 

Passamos ao Além sombreados de Asas-Quiálteras,

Habitantes de esferas sem pauta, olhos sem pátria.

Perdidos estamos, flores acenando, ventos, aspirações,

E o corpo se esquece naufragando-se neste mar de estrelas.

 

— Vida, Asa — Espectro: diluí-me na solidão dos céus,

Ilhas sem mim.

 

                                      (De Poemas, 1948)

 

 

  TEXTO EM INGLÊS

 

From
         REVISTA DE POESIA E CRÍTICA. Ano XIV no 15 Brasília, 1990. Diretor responsável: José Jézer de Oliveira.

 

         POEM No. 19

         I hear within me fugitive goddesses
         Played on from afar by pastoral stars.

         Leaving life for the chãos of absence,
         Shadows of myself remain in the home.
         Like a god in transit, I am gone
         To the fountain off ar-off nymphs
         Who lieve in a dream, like autumn roses.

         The Wind bares the trees of their silence
         And the leaves falling in the nymphs´ fountain
         Are exiled souls.

         O the slow body! River that flows to no sea.

                   (Translated by Leonards S. Downes)

 


Página publicada em fevereiro de 2009.
Ampliada e republicada em setembro 2014; AMPLIADA em junho de 2017

 

 

 
 
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