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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



BEATRIZ AMARAL

Beatriz Helena Ramos Amaral nasceu em São Paulo, em 27.11.1960. Bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) em 1983 e em Música pela FASM em 1985, estreou em literatura em 1981, com o romance “Desencontro” (Ed. do Escritor), obra adotada em vários colégios para análise literária. Publicou, depois, os seguintes livros de poesia: “Cosmoversos” (1983, Ed. do Escritor), “Encadeamentos” (1988, Massao Ohno Ed.), “Primeira Lua” (1990, Massao Ohno Ed., haicais, em colaboração com Elza Ramos Amaral), “Poema sine praevia lege” (1983, Massao Ohno Ed.) e “Planagem” (1998, Massao Ohno Ed.), “Alquimia dos Círculos” (Escrituras, São Paulo, 2003) e “Luas de Júpiter” (Anome, Belo Horizonte, 2007). Em 2002, publicou o ensaio biográfico “Canção na Voz do Fogo” (Ed. Escrituras), focalizando a trajetória artística da cantora Cássia Eller.

“Encadeamentos” foi objeto de tese defendida na PUC-SP pela Profª Ana Luiza Camargo Arruda Bauer, em 1993. “Poema sine praevia lege” foi finalista do Prêmio Jabuti de 1993. Beatriz Amaral coordenou, na Secretaria Municipal de Cultura, em 1994, o Ciclo “Clarice Lispector – 50 anos de estréia”, em 1996, o Ciclo “POESIA 96” e, em 1997, “Visualidades, Sonoridades, Movimentos da Poética Contemporânea”. É Promotora de Justiça do Estado de São Paulo. Exerceu a Secretaria-Geral da UBE-SP no biênio 1996/1998. Em 2005, obteve o grau de Mestre em Literatura e Crítica Literária pela PUC-SP com a Dissertação “A transmutação metalingüística na poética de Edgard Baga”.

Tem resenhas, ensaios, artigos e poemas publicados em várias revistas e jornais (Folha de São Paulo, Dimensão, Zunái, A Cigarra, O Escritor, Revista da Biblioteca Mário de Andrade, entre outros) e participa de exposições de poesia, realizando leituras com o citarista Alberto Marsicano.
Site: http://beatrizhramaral.sites.uol.com.br/home.html

De
LUAS DE JÚPITER
Belo Horizonte: Anome Livros, 2007


DESENHO

cabras dançam rotas verticais

a crosta da montanha
contorna metonímias

a lápis crayon, a
sombra sobre o
pêlo, sobre a pele
na espessura de um
ensaio

que a luz tece a hipótese da
 sílaba, — e o prisma ondulado
se consume

algum teor de amido
se estenda

nas bordas do bunker:
a tentativa de vôo
para a inexistência da asa


ARPEJO


raso, o
poço:
não se atreve nele
a palavra remo
e
não se
expressa
o rio-vontade
nem se
medra
a sintaxe d´água

procurar-te, névoa?

e te procuro, palavra,
quando oscilas
e o sol calibra
o eixo (e teu relevo)

a voz te funda e te
fecunda —

a existir: a ilha, em
noite-léguas

se abrires
a resposta
numa harpa

em desígnio celta,
se existires

INTERVALO

há não-espaço
quando tenso

o arco da sílaba,
acento de lótus

e sem haver
(com) portas há:
lendas de Mercúrio

vogal e fósforo,
óleo e gomo

o não-tempo
intervale a
outro senso

teor de amêndoas,
figo-figura

de não-língua, ócio
beijo em pronúncia

mel, ferrão de abelha
fio-rasura


FIGURAS

princípio do sono:
lassidão de formas
me embriaga

fontes, monte, montanha
labaredas da semana

projeto de lua
sobre a retina
(imagens sem rima)

rios, amoras, ananás
camelos e serpentes

a fome de Netuno
pra um rito d´água

pérola exposta no vácuo

 

De
AMARAL,  Beatriz Helena Ramos
  ENCADEAMENTOS
 São Paulo: Massao Ohno, 1988.   68 p.    Composição Criarte Letras. Impressão Palas Athena. Formato 15x15 cm.  N. 03 312  autografado  Tiragem 500 exs.  Col. A.M. (EA)

 

verbos que me emprestem
seu modo de ser sempre

 

encontre seu lugar no texto
no contexto sonoro do vento


ver o tempo
de ser vento
em dias leves


de sentir o mundo
nas cadências geográficas
de um mapa

o escolhido porto
de retornar sabendo

 

ANTOLOGIA UBE. Organização de Joaquim Maria Botelho.  São Paulo, SP: Global Editora, 2015. 287 p.   ISBN 978-85-260-2128-0  Inclui Poesias, contos e crônicas.  Poetas: Anderson Braga Horta, Antonio Ventura, Aricy Curvelo, Beatriz Helena Amaral, Bety Vidigal, Carlos Vogt, Claudio Vogt, Dalila Teles Veras, Djalma Allegfro, Eros Grau, Eunice  Arruda, Francisco Moura de Campos, Gláucia Lemos, Hamilton Faria, Hélder Câmara, Luis Avelima, Moniz Bandeira, Mara Senna, Marco Aqueiva, Mariz Baur, Nei Lopes, Oleg Almeida, Péricles Prade, Renata Pallotini, Severino Antônio.

 

 

TECIDO

 

          Beatriz Helena Ramos Amaral

 

Asa de poema - anzol

para fisgar

na mesa uma linha

 

um fio grafado de corda

cortes-recortes

a tessitura do nó

 

e a lâmina de Urano

faz legenda de

papiro no etéreo: foz

 

move-se a areia na vertigem:

duna

dali se extrai o néctar

de pedra

 

pêndulo e farol

hipótese de concha

e tempo

 

Página publicada em dezembro de 2008. Indicação de Wilmar Silva. Página publicada em novembro de 2011, página republicada em maio de 2015.

  


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