http://www.poesiaposverso.ia.unesp.br/bio_aldo.html
ALDO FORTES
Aldo Henrique Cheminand Fortes nasceu em Bananal (SP Brasil) em 1950. É fundamentalmente um autodidata, no que respeita aos estudos de Literatura e de idiomas. Embora seu primeiro código seja o verbal, chegou a elaborar poemas onde não entra sequer uma palavra, nem no título. Produz muito, mas nada publica por iniciativa própria, o que tem sido feito por seus amigos poetas, mesmo que à revelia. Poemas seus podem ser apreciados em MUDA, ZERO À ESQUERDA, ATLAS e ARTÉRIA. Vive, atualmente, em Bananal.
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POESIA (IM)POPULAR BRASILEIRA. Organização de Julio Mendonça. São Bernardo do Campo, SP: Lamparina Luminosa, 2012. 302 p. 14x21 cm. ISBN 978-85-85-64107-03-8 Inclui textos sobre e poemas de Aldo Fortes, Edgard Braga, Gregório de Matos, Joaquim Cardozo, Max Martins, Omar Khouri, Pagu, Qorpo Santo, Sapateiro Silva, Sebastião Uchoa Leite, Sousândrade, Stela do Patrocínio e Torquato Neto, apresentados por Omar Khouri, Reynaldo Damazio, Carlos Felipe Moisés, Manoel Ricardo de Lima, Taraso de melo, Julio Mendonça, Carolina Serra Azul, Julia Studart, Fabrício Marques, Renan Nuernberger, Guilherme Gontijo Flores, Carlos Augusto Lima e Paulo Ferraz. Ex. bibl. Antonio Miranda
“Cultiva, desde sempre, a máxima antropofágica celebrizada em manifesto de Oswald de Andrade: “Só me interessa o que é meu.” E já chegou áquele estágio de serena maturidade, em que se busca a qualidade onde quer que ela esteja. Sua poesia, em princípio, de um verbo contundente (seu primeiro código é o verbal), foi ganhando com a incorporação de elementos visuais, elementos estes, cada vez mais estruturais nos poemas. E por ter um extremado domínio do verbal é que Aldo Fortes tem a coragem e a competência de realizar os ditos poemas visuais (em verdade intersemióticos), até abdicando (temporariamente) das palavras (...)” OMAR KHOURI
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esbanjando babas & babélicos
pensares suicidas entre
galáxias de ácido úrico
& olores de noigandres
sou espalha-merda
bombardeado por big bangues
de boçalidade desatada
e felicidade abismática
estar vivomorto rindo
que lindo
) e a ursa polar farejando
a tal — minha tara total — (
varrido num flood de vaselina
& escrobundos androides
& nada mais
& mais ademais para
bêbado sim
desde a lama do começar
até roscas dos parafusos
embalsamados
/ SEM TÍTULO /
Poema visual extraído de
ZERO À ESQUERDA. São Paulo, SP: nomuque edições, 1981. 29x51,5 cm. Imagens soltas, de diferente tamanho em Invólucro idealizado por Omar Khouri e Paulo Miranda. Produtores e impressores serigráficos: Carlos Valero, Julio Mendonça, Omar Khouri, Paulo Miranda, Sonia Fontanezi, Tadeu Jungues, Walter Silveira e Zeluiz.
Inclui trabalhos dos poetas visuais: Aldo Fortes, Augusto de Campos, Carlos Varelo, Décio Pignatari, Edgar Braga. Elcio Carriço, Haroldo de Campos, Julio Mendonça, Julio Plaza, Lenora de Barros, Luiz Antonio de Figueiredo, Lygia de Azeredo Campos, Neoclair João Vito Coelho, Omar Khouri, Paulo Miranda, Regina Silveira, Renata Ghiotto, Samira Chalhub, Sonia Fontanezi (Atravessa-), Tadeu Junges, Villari Herrmann, Walt B. Blackberri e Zeluiz.
Ex. bibl. Antonio Miranda
Página publicada em abril de 2016; ampliada em junho de 2018
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