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MARLENE EDIR SEVERINO
catarinense de Itajaí, é graduada em Serviço Social e especialista em Política Social pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Gradativamente, a pintura e o ato de escrever tornaram-se para a artista exercícios diários e uma maneira prazerosa de entrar em contato consigo mesma.
Possui trabalhos publicados na Câmara Brasileira de Jovens Escritores, no Livro das Pequenas Cousas, SESC, Poeart. Selecionada ao III Prémio Canon de Poesia 2010. Seu primeiro livro, Além do Quintal, poemas e aquarelas, a ser publicado este ano.
Blogs: www.alemdoquintal.blogspot.com. // www.ceudeabril.blogspot.com catarinense de Itajaí, é graduada em Serviço Social e especialista em Política Social pela UFSC. Gradativamente, a pintura e o ato de escrever tornaram-se para a artista exercícios diários e uma maneira prazerosa de entrar em contato consigo mesma. Possui trabalhos publicados na Câmara Brasileira de Jovens Escritores, no Livro das Pequenas Cousas, SESC, Poeart.
Selecionada ao III Prêmio Canon de Poesia 2010. Seu primeiro livro, Além do Quintal, poemas e aquarelas, a ser publicado este ano.
Blogs: www.alemdoquintal.blogspot.com. // www.ceudeabril.blogspot.com
ANTOLOGIA LITERÁRIA CIDADE - VOLUME VII: verso e prosa. Belém: Org. Abilio Pacheco & Deurilene Sousa. Belém: L & A Editores, 2012. 96 p. ISBN 978-85-89377-17-1 Ex. bibl. Antonio Miranda
I m e r s a
Imersa e fragmentada,
também sem palavras para traduzir,
nesta tarde dilatada e lenta,
a desnudar a garganta e remexer
guardados em gavetas ao atalho
que adentra nómade,
soturna, densa bagagem de silêncios,
remexer na jaula do tempo,
beber o vento.
Ausência do teu corpo,
devoluta nuvem tatuada na memória,
provisório esboço.
Marca da ferrugem, mesto azinhavre,
limo na pedra.
Homem das nuvens,
resquícios de nuvens aqui.
Dias de Vento
Vento a varrer apressado,
Cascas, restos, folhas secas
Encantos no cheiro do capim limão
incrustado de outros quintais por onde passou
levanta poeira, apaga vestígios,
a bruma dissipa,
clareia a manhã.
Voam dos fios destroçados
da teia da aranha,
restos de insetos, sementes,
resquícios de asas levitam,
a beber o vento no céu empedrado,
dançam no ar
Página publicada em maio de 2020
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