WELLINGTON DANTAS CAVALCANTI
Biografia originalmente publicada em 1985:
Nascido em Natal, Rio Grande do Norte, em 06/12/1960. Deleita-se feito louco com os singularíssimos Goethe, Baudelaire e alguns outro gênios mais.
Suas poesias, reunidas sob o título “Hisperestesia”, esperam em berço esplêndido.
Foto e notícias em: https://sagacultural.wordpress.com/2010:
Com o selo da Una, da amiga Marize Castro, Adiantamento da Legítima, do poeta e artista visual, Wellington Dantas Cavalcanti, foi lançado nessa quarta-feira (15/12), [ 2010] na livraria Siciliano do Midway Mall.
O poeta também participou da Antologia da Nova Poesia Brasileira (Editora Hipocampo, Rio de Janeiro, 1992), organizada por Olga Savary.
Natural de Natal, Wellington Dantas vive atualmente em Salvador.
ANTOLOGIA DA NOVA POESIA BRASILEIRA . Org. Olga Savary. Rio de Janeiro: Ed. Hipocampo, Fundação Rioarte, 1992. 334 p. ilus Ex. bibl. Antonio Miranda
S I S M O
Por não saber
o que eu tenho sido
é que, às vezes, conspiro contra mim mesmo
— me firo.
Por não saber onde tenho andado
fico parado
à beira desse abismo
e, não raro, penso:
por que não me atiro?
Para onde tenho ido
quase não o tenho percebido.
De tal modo, que sempre assim me surpreendo:
sem sentido.
GERMINAL
De párias, uma pátria medra
— à margem,
plácida como um vulcão.
ANTOLOGIA DE POETAS DE BRASÍLIA. Rio de Janeiro, DF: Shogun Editora e Arte Ltda, 1985. 140 p. Coordenação editorial: Christina Oiticica.
[Este exemplar foi doado por Carlos Edmundo da Silva Arnt, que tem seu poema na p. 27, para a biblioteca da Caixa Econômica, de Brasília, em 1985. A empresa se desfez do acervo e este exemplar foi para a livraria “sebo” de nosso amigo José Jorge Leite de Brito, que por sua vez nos doou um lote de livros para ajudar na montagem de nosso Portal de Poesia Ibero-americana, em 2021. A editora explicava: “Se você é um autor novo e quer editar seu trabalho, fale com a gente.”, na intenção de promover a criação literária entre os jovens. ]
VERTER A VIDA
Seduzido pelo suicídio
certas noites cedo na calma me estiro
vejo escorrer, círio após círio,
meu fatal desígnio.
Noites sagradas e silenciosas
em que só fico.
Ninguém a visitar esse velório,
nem sequer as flores brancas
que eu havia pedido.
Tomba a escuridão
a sangrar viscosa pelas paredes.
O quarto se faz tumba
e eu apenas durmo.
Amanhã mais um sol será.
Sem brilho.
*
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http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_grande_norte/rio_grande_norte.html
Página publicada em março de 2021
Página publicada em setembro de 2020
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