RIZOLETE FERNANDES
Nasceu em Caraúbas, Rio Grando Norte, Brasil e reside em Natal. Tem formação em sociologia e cedo integrou-se aos movimentos sociais na luta por um mundo melhor. Agora, sua luta se faz por meio da palavra escrita. Publicou os livros de poesia: Luas nuas e canções de abril (2006 e 2010), Cotidianas.
FERNANDES, Risolete. Vento da tarde. Viento de la tarde. Traducción y prólogo de Alfredo Pérez Alencart. Mossoró, RN: Sarau das Letras; Salamanca, Espáña, Trilce Ediciones, 2013. 116 p. 14x21 cm. ISBN 978-85-60650-57-6 “ Risolete Fernandes “ Ex. bibl. Antonio Miranda
DEVANEIO
Proponho-te
ao final de um dia
de bancos birôs borderôs
em meus braços conhecer a calmaria
de veleiros mosteiros travesseiros
E antes que partas outra vez
amanhã quiçá um passeio
na areia sob a chuva
um conhaque
um devaneio
DEVANEO
Al término de un día
de bancos mesa de trabajo papeleo
te proponho
que en mis brazos conozcas la calma
de veleiros monastérios almohadas
Y por la mañana, antes
de tu partida, quizá un paseo
por la playa bajo la lluvia
un coñac
um devaneo
RASTROS
Há de rastros profusão
nos múltiplos entroncamentos
da estrada que percorro
São pegadas titubeantes
sem profundeza e horizonte
perfeita desorientação
Já outras são firmes passos
trajeto com ritmo e norte
hábeis recuos e avanços
na manhã da caminhante
SEÑALES
Hay profusión de señales
en las múltiples interseciones
de la carretera que recorro
Son huellas titubeantes
sin profundidad y horizonte
perfecta desorientación
Ya otras son firmes passos
trayecto con ritmo y norte
hábiles retrocesos y avances
en la mañana de la caminhante
Página publicada em setembro de 2015
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