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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto e biografia:
http://sociedadedospoetasamigos.blogspot.com/

 

 

JANIA SOUZA

 

 

Jania Souza, escritora, poeta e artista plástica potiguar. Sócia-fundadora da SPVA/RN - Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN. Sócia da UBE/RN, AJE/RN, APPERJ, Clube dos Escritores de Piracicaba. Participação em várias exposições coletivas e duas individuais. Participação em coletâneas nacionais e internacionais. Organizou os 05 volumes da Antologia Literária da SPVA/RN. Em 2007, lançou Rua Descalça com o selo Edições Bagaço/RE; em 2009, lançou as obras Fórum Íntimo (poemas) e Magnólia, a besourinha perfumada (prosa infantil) na 55a. Feira do Livro de Porto Alegre pela Editora Alcance.

 

 

RAPSODIAS. Selección de poesia contemporânea.  Montevideo: aBrace editores, 2010.             96 p.    13 x 19 cm.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

         MEUS DEMÔNIOS

 

       Enquanto minha pena desliza firme
Sobre o alvo papiro pensamento
No traço de novas galáxias
Para incontáveis aventuras
Apercebo-me que anos passaram
E eu
Desapercebida
Não notei.

Olhei-me no espelho
Busquei meus escondidos mundos
Lendo minhas rugas
Amigas teimosas sempre presentes
Tatuadas em meus duros dias
Pois, os dias felizes
Maquiaram-se em cetim na porcelana
Esculpida do meu semblante.

 

        Meus demônios
(todos sepultados)
Ressuscitaram a fibra do condor
A galgar píncaros de liberdade.
Em suas recente e inconfessáveis jornadas.

Sem culpas, revejo antigo trem
Abarrotado com minhas histórias
Em trilhos de paisagens fogosas
Com velhos e chorosos moinhos de vento.

 

 

 

O CASULO DE CADA UM

Há uma borboleta em meu coração
E sinto todo o céu
E seu colorido d´ouro
Invadi-lo com estrelas e flores.

A felicidade dança e sorri
Num convite ao meu profundo íntimo.
Até mesmo o amor (...)

Há canto de liberdade pelas plagas
Na tessitura de caminhos de sonhos
Jamais navegados por incautos.

Partem-se elos no coração
E os moinhos de vento
Pressagiam nova canção.

Há voltas e voltas na sucessão dos dias (.;..)
Na terra, embora não pareça
O tempo do homem é longo
E as possibilidade inúmeras.

Cada momento compara-se a mais preciosa gota
Colhida no imenso oceano de cada um.

 

 

       
SEGREDOS DA NOITE

Quase num sussurro, geme a noite
Não sei se geme prazer da criação
Ou se geme rio em pranto de dor.

Seus segredos, turbilhões em repressão
Borboletas no mimo de mãe acalento.

Do céu, também, despencam anjos
Anseios em córregos de hormônios
Na quentura da explosão da paixão.

Frágeis riscos, o giz no papel machê
Onda suave ameniza o coração de Adão.

Ah! Os segredos da noite (...)

Sussurros, gritos, melodias
Em rede de saudade ardor
Pesca de sonhos na saia da lua.

 

 

 

O GRITO DA MINH´ALMA

O grito da minha alma
É o eco do teu grito

Acorda a tua criança
Esperança amanhecida.

Ponha nela teu sorriso
E com abraço fraterno
Conduza-a à escola
Berço da ave do saber.

Homem sem trabalho
Panela sem feijão
Criança sem escola
Adeus transformação.

  

 

NÓS DA POESIA.volume 2.  Org. Brenda Marques Pena.  São Paulo: All Print, 2009.        119 p.    Ex. bibl. Antonio Miranda  

 


 

 

Nova Premissa

Em trilhas desencontradas
sigo sem saber bem onde aportar
o céu é meu limite
nesse cansado passo sem salto
ao redor de muitos sóis
Palavras são minha âncora
no relógio do sem fim
companheiro solitário em minhas andanças
Na penumbra da neblina
há espectro de harmonia
dança na boca leve sorriso
flor que desabrocha
da entidade que habita em mim
Eis o compasso de incerta jornada
pêndulo no ritmo do acaso
há destino, certo ou incerto
na linha das estrelas zodiacais
Há um bafo de presságios
no berço de cada rebento
seu choro não aplaca
a ira dos ventos
Engatinha na ponta afiada
da adaga do espantalho maldito
a quem tem de vencer
sempre a cada passo do dia
Há sortilégios segregados
no coração de quem passa
pisa pedras macias
e farpas embrutecidas
suas bênçãos são oferendas
aos entes da nova premissa.

 


CENA POÉTICA 10 - POESIA & PROSA. Adircilene Batista; e outros. Belo Horizonte, MG: RS Edições,
2024. 216 p.    Exemplar da biblioteca de Salomão Sousa

 

 

       Poeta

   
  Poeta
       Embarca no vagão
       Da velhice
       Sem abandonar a essência
       Da alegre criança habitante de si.
       No obscurantismo da existência
       Poeta, esse eterno adolescente
       Cre ser cavalo alado
       Sombreiro ao sol
       Palavras não acabadas...
       Poeta é gente sem cor
       Dor esguinchada num grito
       Mudança à felicidade.
       Poeta é sorvete derretido
       Na língua que lambe a alma
       Mesmo com as frustrações do mundo
       Poeta encontra o sentido na luz
       E borda versos no peito menino
       Poeta navega em asas-palavras e voa
       Infinito adentro.
       Colibri em ardência reluz
       E solta à voz poema.



      
Útero

     
Em ti, mãe
       Busco o Eterno aconchego
      
Esse Ninho da minha morada
       Guardião e fortaleza
       Das minhas idades-sementes
       Tecido no perfume
       Das pétalas de lírios do campo
       Acolchoado no amor do teu afago
       Essa Chama de ternura
       Advinda da tua alma
       Na acolhida do meu ser
       Amanhecido em fragilidade.
       Útero em que passei
       Apenas alguns meses
       Recanto de abrigo
       Conforto e carinho
       Que permanece guardado
       Em minha memória
       E liga-me no sempre do teu eu.



      
O passeio

      
Num passeio sem compromisso
       Por ruas de saudades
       Redescubro emoções passadas
       Do carrinho de sorvete de baunilha
       Do amendoim torrado na esquina
       Do pirulito açucarado no tabuleiro
       Do menino
       Da fila do cinema no domingo
       Da igreja lotada na pracinha
       Do namorado da mocinha.
       Brincadeira de esconde esconde
       Beijo à porta de prédios no abandono
       Escondidos neles, emoções e traumas
       Esquecidas no rio dos dias
       Em que a ponte do horizonte
       Atravessa enviesada
       Sobre lágrimas de passado
       Aberta em pétalas-sorrisos
       Suspensa entre arco-íris
       E o avião passa...
       E o cachorro ladra...
       E o jornal voa
       Com a poesia
       Que permanece
       No arrebol
       De cada dia...



*
Página ampliada e republicada em dezembro de 2025.

 

 

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Página ampliada em dezembro de 2020

 

 

 

 

Página publicada em janeiro de 2020


 

 

 
 
 
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