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Foto: http://www.blogletras.com  

DIVA CUNHA

 

Diva Maria Cunha Pereira de Macedo nasceu em 10 de dezembro de 1947, em Natal. Formou-se em letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, onde ingressou como professora de literatura portuguesa em 1971.

Diva Cunha foi também membro do Conselho Editorial da UFRN/  do Conselho Municipal e do Conselho Estadual de Cultura.

Desde o primeiro livro “Canto de Página”, de 1986, Diva revelou-se uma poetisa madura e de grande sensibilidade no manejo do verso. Como poetisa, publicou ainda os livros: Palavra Estampada (1993), Coração de Lata (1996), Armadilha de Vidro (2005) e Resina (2009).

E como ensaista publicou Dom Sebastião: a metáfora de uma espera (1979), Iniciação à Poesia do Rio Grande do Norte (1999), Literatura Feminina do Rio Grande  do Norte: de Nisia Floresta a Zila Mamede (2000). Diva Cunha é membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras,  na qual ocupa a cadeira nÚmero 30,  cujo patrono é o Monsenhor Augusto Franklin.

 

vestida de isabel
com rosto de maria
enfrento o vento
que desfralda
meus bandos

        quem sabe
fantasio-me de george sand
e apareço prá chocar
de braço com paul mauriat

assim
com sabor de dentista
e pimentas vermelhas
caio no teu prato
puta e freira

        à la carte, leitor

                (De  Canto de página, 1986) 

 

pela manhã a pressa
livrou-me da poesia

com os artelhos contraídos
três ou quatro atentados
fiz em versos

atirador de pouco prumo
minha seta bêbada
o vento leva

 

                (De  Palavra estampada, 1993) 

Extraído de

 

 

POESIA SEMPRE  - ANO 9 – NÚMERO 15 – NOVEMBRO 2001.  Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2001.  243 p.  ilus. col.  Editor Geral: Marco Lucchesi.   Ex.bibl. Antonio Miranda 

 

Não invejo a lucidez admirável
dos distintos senhores
quando abotoam seus preclaros
casacos
e saem por aí
arrotando verdades
que o vento bandoleiro e cínico
dá o trato necessário:
alisa
apruma
e chuta sobre os muros.

Para esses ditames seguros
tenho a faca apontada
e o cuspe solidário
crescendo na boca.

Vagabunda me absorvo
no círculo que as sombras
vão alargando pelo chão.

 

*

Crucificado
o verbo estremece
sob os pregos da palavra.

 

NANICO  - agosto – homeopatia cultural – 1999.  No. 20     São Paulo: Editora Oficina do Livro Rubens Borba do Amara., setembro 1999.  64 p.                              Ex. doado por ALEX COJORIAN

 

DIVA CUNHA – Coração de lata. Natal, RN: Amarela
Edições, 1996.  60 p.   


Se essa prenda me dás
juro
serei a mais fervorosa
crente.

Prometo conter os cachorros
evitar as turbulentas
noites no sereno
pôr a lua
engarrafada
no mais alto posto doméstico.

      Tudo isto ordenado
por mãos diligentes
será varrido
e passado a limpo
de trás pra frente.

*

Da boca
a água escorre franca

rio que conhece
o seu desvio.


*

Uma menina
brinca em mim
o jogo da velha.

*

Página ampliada e republicada em fevereiro de 2024.

 

 

 

Página publicada em fevereiro de 2019


 

 

 
 
 
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