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 CLOVIS  ANDRADE     Clóvis  Jordão de Andrade (Pseudônimo: Clóvis Andrade ) nasceu em Macaíba, RN, em 1903.  Obra  poética: Imortalidade Poesia ; Musa Amiga  do Sonho Poesia ; Versos Diversos Poesia   Fonte:  COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira.  São Paulo: Global; Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, Academia  Brasileira de Letras, 2001: 2v.   Encontramos  numa livraria (“sebo”) um exemplar de uma obra do autor não incluída na supra  citada Antologia. Trata-se de CLAMOR DO MUNDO (Recife, 1959), com autógrafo.  Livro de inspiração religiosa, cristã, em toda a sua extensão, deste poeta  pouco conhecido. Um espiritualista, que acreditava na Reencarnação.     OS QUE NÃO VIRAM E CRERAM            “Bem-aventurados os que não viram e creram”                    (S. João, 21-29)   Felizes são aqueles que passaram a vida toda crendo e não mentiram, muito embora sem ver não desdenharam de coisas que seus olhos nunca viram.   Felizes são os que testemunharam com viva fé coisas que sentiram e disseram ao mundo, e acreditaram em fatos tais que os parvos repeliram.   Bem hajam os profetas que tocados pela graça de Deus compreenderam os mistérios da vida irrevelados...   Com os olhos do Espírito buscaram a Verdade dos que não viram que, à luz da Eterna Lei, edificaram.     TUDO É DEUS   Mercê de Deus, segundo o panteísmo a natureza é Deus, assim disperso no todo e parte pelo sincronismo das leis do Amor, regentes do Universo.   E Deus é Amor. Está no idealismo de Spinosa e Platão, no mundo imerso do espaço-tempo, em meio ao dinamismo das Esferas, sistema incontroverso.   Deus é o mundo pensando, a sinfonia da vida, épico poema que exaltamos, ante o poder da cósmica Energia!   Deus é tudo que existe. Tudo é Deus. Vibra na idéia, no ar que respiramos, Desafiando a tese dos ateus!     NÃO HÁ MORTE   “Ora,  Deus não é de mortos, e sim, de Vivos.  Laborais em grande erro.  (Marcos, 1: 27)            Somos mortais na carne perecível por um determinismo universal, como somos na lei do incogniscível, algo de Deus, espírito imortal.   Dí-lo bem a Ciência do Invisível; — a morte é vida à luz potencial dessa Verdade eterna, imperecível, culminando sublime no “Eu” real.   Sem os olhos carnais, vislumbro a vida, além dessa aparência fementida, em conceitos profundos, positivos...   Nesse reino de Amor e de Verdade, não há morte, mas imortalidade, pois “Deus não é dos mortos, sim, de  vivos”.               NEGATIVISMO   “O  homem é senhor e soberano de tudo que sabe, Mas é  escravo de tudo que ignora”   Por que negar o que se desconhece no mau vezo de tudo confundir, o que parece ser e não parece pelo simples negar, sem perquirir?   Por que negar mofando o que acontece, em vez de analisar para convir, onde o poder da Mente permanece pela razão de ser e de sentir?   Porque o Espírito está na realidade de tudo acontecer em Luz e Vida para o conhecimento da Verdade!   Contra os que negam por inconseqüência, na sua concepção indefinida, negando por negar sem consciência!     REENCARNAÇÃO   “Segundo o critério espiritualista, o conceito da evolução implica a necessidade da palingenesica”.   Dentro da Filosofia  dessa Lei de Causa e Efeito, só a Verdade faria de Deus o justo conceito.   Como até compreenderia a razão do preconceito de seitas de fancaria que não merecem respeito...   Ao Carma não há fugir, pagando em múltiplas vidas tanto crime a redimir...   Só é crível a redenção com as almas redimidas, segundo a REENCARNAÇÃO.      Página  publicada em junho de 2008-06-22  
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