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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CLAUDIO CASTORIADIS

 

 

claudio castoriadis (Mossoró/RN). Poeta, filósofo, músico e professor. Tem poemas publicados na
 http://www.mallarmargens.com/-  http://www.germinaliteratura.com.br/   e outras mídias. Edita, desde 2011 o blogue de poesia [http://claudiocastoriadis.blogspot.com.br/] eleito duas vezes consecutivas o terceiro melhor blog na categoria arte e cultura do Brasil pelo prêmio top blog - um sistema interativo de incentivo cultural destinado a reconhecer e premiar, mediante votação popular (júri popular) e acadêmica (júri acadêmico), os blogs brasileiros mais populares que possuam a maior parte de seu conteúdo focado para o público brasileiro, com melhor apresentação técnica específica a cada grupo e suas respectivas categorias.

 

 

 

I:01

alquemila

 

nas lágrimas de rilke...

   vejo uma semente se rasgando

      acoplada em tapumes

               florescendo consoadas

         com dádivas que ilustram

 tulipas incendiadas

dentro dos sonhos

em sigilo

moroso

                       retratos alojados

reproduzem figuras maternas

pela noite

inundam

perto do cordame

 

 na castidade de aliocha

       o repouso beatífico

        gerado no fogo de odara

               lacerado por salmos

 

radiadores, retiram furacões das docas

jorram galhos mortos

o flando depura

comido por máculas viscosas

 

infusões:

 

      meu sudhir wadya tem som de ukelele

                  na coluna da minha manjedoura

                                         vivência vegetativa

                                                   no leste para

                                                         o sudeste

                              do outro lado do oceano

 

______________

|um pingo de pele cobre o continente

com partículas africanas de tirosinas|

 

 

 

I:02

 hoppípolla

 

                                cato um elevo

                             cinematográfico

                         no sentido de tocar

                       torvelinhos no hálito

 

acordo o rebento da janela

na alimária das nuvens

 

tudo isso é verdade!

 

                          respiro flâmulas

          exasperantes

                               pavimentos

                                                 compilados

                esqualos

                                     ramalas06

 

      minha cercania fermenta adstringentes

  de arrefeços por cima do derme enquanto

                                           válvula do coração

                                                       adelgaçado

 

__________

         ****uma berma obliterada pelo esôfago

                                                         com a palma

                                                             granulosa

                                                               ¿ herpes

 

 

I:03

Narrativaemvozadulterada!

 

     disparo em volta de alteneiras

           fremindo todos os círculos

               amainando meus cachos

                                       insuflados

de costas para uma janela

sob o cortinado

que recorta o firmamento

das torres telefônicas

.

.

.

.

não sei

dessas coisas

nada sei da geologia

dos toldos e balcões ulcerados

dessa gente se acha connor macLeod 

do balouçar em cada esquina

das figuras midianitas

das vielas urinadas

das latrinas

 

por isso, talvez

deixo suturas estarradas na porta

.

.

.

longas são as noites naquele borrão

 sempre estridulando woody allen

                a rosa púrpura do cairo

é assim que me vejo

esmurrando

raias da galhofice

repetindo annie

naquela festa

neurótica

com imensos bigodes

com formas jocosas

sobrepujando

(aparentemente

    pelo menos)

                    meu documentário

não autorizado pelo morrissey

              nas estrofes espessas

 

&

 

trechos nacarados

deserto

inseto

certo

chorando

pelo avesso

da gruta lascux

digerindo

interpenetrações

destrinçando envilecimentos

.

(ele não entrou

em nada

tecnicamente

nada sobrou dele)

 

 

 

I:04

entre quatro paredes (5:50 AM)

 

...os outros

     são organismos alheios, nocauteados

 subúrbios vacilantes

   não passam de chavões em placas sujas

   ruas esquisitas gargarejando mazurcas

        cafetões fumando em posição fecal

                              batedores de carteiras

                                              

                   

               |milharais digerindo trechos urbano

lembram semáforos serenando oxiluciferina|

 

 

___________

 

 

!P.S. ontem perdi o sonho. não preguei o sono      

 

 

 

I:05

               Ileuthyeria

 

 

          destinam o começo da avenida preconizada por um canto introdutório sem infâmia e sem louvor. uma parte da segunda cascata ganha escotilhas enquanto deixa escapar etólios das lanternas em outras vinirrubras. o endereço propriamente dito termina em sulcos. sendo assim, integra-se marulhos

:

numa alcova, do outro lado insondável da esfinge, tirésias nas varetas são naxos de luz ( em média meia vesta, não mais que isso) aquilo que se foi,  sentia constrangimento quando encarava-se de esguelha. por certo, ideogramas à maneira moscovita

:

iluminação ávida na luz. seria nictélia¿

:

pavões despojados, com tintura tireoidiana, escrevem na borda dos tendões seus cordones perto dos quios

:

toscanas perfuram oceanos por cima do embornal. (.·.) a meu ver, sucedem pilhérias de coches. depois de breves intervalos, sob a quilha amontoada, estava lá, as gavinhas enrolando suas cordagens. enfim, a língua que ventila o ar subterrâneo poderia ser da iracema - a doçura do apetite sobre a mesa com fome ressequida, quieta como buracos moveis

...

 

 

 

Página publicada em março de 2015

 

 

 

 

 
 
 
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