CLAUDIO CASTORIADIS
claudio castoriadis (Mossoró/RN). Poeta, filósofo, músico e professor. Tem poemas publicados na
http://www.mallarmargens.com/- http://www.germinaliteratura.com.br/ e outras mídias. Edita, desde 2011 o blogue de poesia [http://claudiocastoriadis.blogspot.com.br/] eleito duas vezes consecutivas o terceiro melhor blog na categoria arte e cultura do Brasil pelo prêmio top blog - um sistema interativo de incentivo cultural destinado a reconhecer e premiar, mediante votação popular (júri popular) e acadêmica (júri acadêmico), os blogs brasileiros mais populares que possuam a maior parte de seu conteúdo focado para o público brasileiro, com melhor apresentação técnica específica a cada grupo e suas respectivas categorias.
I:01
alquemila
nas lágrimas de rilke...
vejo uma semente se rasgando
acoplada em tapumes
florescendo consoadas
com dádivas que ilustram
tulipas incendiadas
dentro dos sonhos
em sigilo
moroso
retratos alojados
reproduzem figuras maternas
pela noite
inundam
perto do cordame
na castidade de aliocha
o repouso beatífico
gerado no fogo de odara
lacerado por salmos
radiadores, retiram furacões das docas
jorram galhos mortos
o flando depura
comido por máculas viscosas
infusões:
meu sudhir wadya tem som de ukelele
na coluna da minha manjedoura
vivência vegetativa
no leste para
o sudeste
do outro lado do oceano
______________
|um pingo de pele cobre o continente
com partículas africanas de tirosinas|
I:02
hoppípolla
cato um elevo
cinematográfico
no sentido de tocar
torvelinhos no hálito
acordo o rebento da janela
na alimária das nuvens
tudo isso é verdade!
respiro flâmulas
exasperantes
pavimentos
compilados
esqualos
ramalas06
minha cercania fermenta adstringentes
de arrefeços por cima do derme enquanto
válvula do coração
adelgaçado
__________
****uma berma obliterada pelo esôfago
com a palma
granulosa
¿ herpes
I:03
Narrativaemvozadulterada!
disparo em volta de alteneiras
fremindo todos os círculos
amainando meus cachos
insuflados
de costas para uma janela
sob o cortinado
que recorta o firmamento
das torres telefônicas
.
.
.
.
não sei
dessas coisas
nada sei da geologia
dos toldos e balcões ulcerados
dessa gente se acha connor macLeod
do balouçar em cada esquina
das figuras midianitas
das vielas urinadas
das latrinas
por isso, talvez
deixo suturas estarradas na porta
.
.
.
longas são as noites naquele borrão
sempre estridulando woody allen
a rosa púrpura do cairo
é assim que me vejo
esmurrando
raias da galhofice
repetindo annie
naquela festa
neurótica
com imensos bigodes
com formas jocosas
sobrepujando
(aparentemente
pelo menos)
meu documentário
não autorizado pelo morrissey
nas estrofes espessas
&
trechos nacarados
deserto
inseto
certo
chorando
pelo avesso
da gruta lascux
digerindo
interpenetrações
destrinçando envilecimentos
.
(ele não entrou
em nada
tecnicamente
nada sobrou dele)
I:04
entre quatro paredes (5:50 AM)
...os outros
são organismos alheios, nocauteados
subúrbios vacilantes
não passam de chavões em placas sujas
ruas esquisitas gargarejando mazurcas
cafetões fumando em posição fecal
batedores de carteiras
|milharais digerindo trechos urbano
lembram semáforos serenando oxiluciferina|
___________
!P.S. ontem perdi o sonho. não preguei o sono
I:05
Ileuthyeria
destinam o começo da avenida preconizada por um canto introdutório sem infâmia e sem louvor. uma parte da segunda cascata ganha escotilhas enquanto deixa escapar etólios das lanternas em outras vinirrubras. o endereço propriamente dito termina em sulcos. sendo assim, integra-se marulhos
:
numa alcova, do outro lado insondável da esfinge, tirésias nas varetas são naxos de luz ( em média meia vesta, não mais que isso) aquilo que se foi, sentia constrangimento quando encarava-se de esguelha. por certo, ideogramas à maneira moscovita
:
iluminação ávida na luz. seria nictélia¿
:
pavões despojados, com tintura tireoidiana, escrevem na borda dos tendões seus cordones perto dos quios
:
toscanas perfuram oceanos por cima do embornal. (.·.) a meu ver, sucedem pilhérias de coches. depois de breves intervalos, sob a quilha amontoada, estava lá, as gavinhas enrolando suas cordagens. enfim, a língua que ventila o ar subterrâneo poderia ser da iracema - a doçura do apetite sobre a mesa com fome ressequida, quieta como buracos moveis
...
Página publicada em março de 2015
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