Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Parque Zeferino Brasil, em Taquari, sua cidade natal.

ZEFERINO BRASIL
(1870-1942)


Nasceu em Taquari, Rio Grande do Sul. Foi poeta parnasiano e simbolista. Foi membro fundador da Academia Rio-Grandense de Letras. "Foi o maior poeta parnasiano do sul do país", segundo Manuelito de Ornelas, embora sua arte tenha tido muito de simbolista.

Recebeu a láurea de "príncipe dos poetas do Rio Grande do Sul".

Obras publicadas: Alegros e Surdinas, 1890; Traços Cor de Rosa, 1892; Comédia da Vida, 1896; O Sul na Ponta, 1897; Juca, o Letrado , 1900 ; Na Vida e na Morte, 1901; Ester, 1902; Vovó Musa, 1903; Amores de Velho, 1903; O Outro, 1904; Visão do Ópio, 1906; Na Torre de Marfim, 1910; O Beijo, 1922; Meio, 1922; Teias de Luar, 1924 ; Boêmia da Pena, 1932; Alma Gaúcha, 1935; Hino ao Padre Joâo Cacique de Barros; O Carneiro.

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS    /   TEXTOS EN ESPAÑOL 

 

 

ZELOS

 

                   De leve, beijo as suas mãos pequenas,

                   Alvas, de neve, e, logo, um doce, um breve,

                   Fino rubor lhe tinge a face, apenas

                   De leve beijo as suas mãos de neve.

 

                   Ela vive entre lírios e açucenas,

                   E o vento a beija, e, corno o vento, deve

                   Ser o meu beijo em suas mãos serenas,

                   — Tão leve o beijo, como o vento é leve.. .

 

                   Que essa divina flor, que é tão suave,

                   Ama o que é leve, como um leve adejo

                   De vento ou como um garganteio de ave,

 

                   E já me basta, para meu tormento,

                   Saber que o vento a beija, e que o meu beijo

                   Nunca será tão leve como o vento.. .

 

 

FORMOSURA IDEAL

 

Esta visão que em sonhos me aparece,

e que, mesmo sonhando, me resiste,

por que foge, por que desaparece,

mal eu desperto, apaixonado e triste?

 

Por que, branca e formosa resplandece

como uma estrela, e a torturar-me insiste,

se é certo, - oh! dor cruel que me enlouquece!...

que ela somente no meu sonho existe?

 

Cheia de luz e de pureza e graça,

- alma de flor e coração de estrela -

ela, sorrindo, nos meus sonhos passa...

 

E sempre a mesma angústia dolorida:

branca e formosa dentro d´alma tê-la,

sem poder dar-lhe forma e dar-lhe vida!

 

 

 

NA ALCOVA

 

Formosa e diáfana visão de lenda,

Elsa, subindo o leito de escarlata,

o cortinado cerra, e a rir, desvenda

a alva nudez escultural e exata.

 

Antes que o fino laço se desprenda,

a loura coma em ondas se desata,

e a moça esconde em flóculos de renda

o régio corpo modelado em prata.

 

Doce perfume o colo lhe embalsama...

Abrindo as asas de rubi e lhama,

olha-a, entre flores, um cupido louro...

 

Cerra, afinal, as pálpebras de neve,

e o sonho desce, e estende, leve, leve,

sobre o leito o estrelado manto de ouro...

 

 

 

 

TUAS MÃOS

 

Tuas divinas mãos de pura neve,
obra-prima de linhas delicadas
artisticamente trabalhadas
em fino mármore, correto de leve.

 

Tão doce perfeição se não descreve,
que tuas mãos fidalgas e adoradas
não são mãos para serem decantadas
nas breves rimas de um soneto breve.

 

Que lindo pregador que se faria
de tuas mãos de exótica magia
e desejadas por quem nem supunhas!

Tudo eu daria para serem minhas
essas formosas mãos de puras linhas,
depois... embora lhes sentisse as unhas.

 

 

-----------------------------------------------------------

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL 

 

ZEFERINO BRASIL 
[CEFERINO BRASIL] 

 

Zeferino Brasil, natural de Cachoeira, Rio Grande del Sul. Poeta de  varia inspiración y estro poderoso, ísimbolista de extraña concepción en Visão de 0pio, es un lírico delicado que lleva a sus versos fragancia ingenua y campesina. C. B. es tambíen elegante prosador y vigoroso periodista.

 

Obra poética: Traços côr de rosa, 1893.-A Visão de Opio, 1906. - Alegros e surdinas; Vovó Musa, 1909. - Na Torre  de Marfim, 1911.

 

 

 

 

LA SANGRE 

 

 

iOh, sangre! Es color sangre la túnica que visto,
sin recamados de oro, ni aplicación de lotos.
Nosotros siempre entramos de otros mundos remotos
con la sangre materna a este mundo imprevisto.

 

La sangre es savia, vida, fuerza; por ella existo
anunciando no sé que clarores ignotos.l

Refulgen en altares y en almas de devotos
su sangre redentora; las heridas de Cristo. 

iQué la sangre gloriosa, y aún vírgen de sondas,
sea amada y no brote a golpes inseguros,

de arterias de los buenos, de arterias de los sanos! 

Mas que la sangre corra y que ella corra en ondas,
si tanto es menester para que siendo puros,

los hombres, al final, sean todos hermanos.

 

 

  FLOR BUCOLICA

 

Vas morena a la fuente, y hechícera,
buscas agua
y te ves en el cristal

que copia tu mirada tempranera

sin sombra de vigilias ni de mal.
 

Y ordenas de mañana en la tranquera,
y espigas vas quebrando en el maizal,

y entretíenes la noche a luz casera,

con la aguja, la almohada y el dedal.
 

Nada en tí hay de romántica orgullosa,
toda eres bucolismos, i
oh, golosa
de bromelias, pitangas y arazá!
 

iCígarrilla de un bosque de alegria,
la rosa te enseño coquetería,

y tus cantos aprendiste del sabiá!

 

CUATRO SIGLOS DE POESÍA BRASILEÑA.  Introd., traducción y notas de Jaime Tello.         Caracas: Centro Abreu e Lima de Estudios Brasileños; Instituto de Altos Estudios de        América Latina; Universidad Simón Bolívar, 1983.   254 p     Ex. bibl. Antonio Miranda

 

Traducción de Jaime Tello: 

 

                DE LEVE BESO SUS MANOS PEQUEÑAS

             
De leve beso sus manos pequeñas,
             Albas, de nieve, y luego, un dulce, un breve
             Fino rubor le tiñe el rostro , apenas
             De leve beso sus manso de nieve.

             Ella vive entre lirios y azucenas.
             Bésala el viento y, como el viento, debe
             Mi beso ser en sus manos serenas:
             —Tan leve el beso cuanto el viento es leve.

             Que esa divina flor, que es tan suave
             Ama lo leve, como embeleso
             Leve del viento o el cantar de un ave.

             Saber me basta, para mi tormento,
             Que el viento es quien la besa, y que mi beso
             Nunca será tan leve como el viento.

 

*

VEJA e LEIA outros poetas do RIO GRANDE DO SUL em nosso Portal:

 

 

 

Página publicada em novembro de 2008; ampliada e republicada em dez. 2011; ampliada em junho 2020.




Voltar para a  página do Rio Grande do Sul Voltar ao topo da página

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar