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RIDELINA FERREIRA

 

Camila Riedel, de pseudônimo Ridelina Ferreira, foi uma professora e escritora brasileira. Suas obras foram  publicadas apenas na revista A Mensageira. Foi esposa do poeta Júlio Riedel.

Nasceu em 1867 no Rio Grande do Sul e faleceu no Rio de Janeiro, sem data conhecida.

Obra literária:
Um episódio da roça (conto, 1899); O Tio Job (conto, 1899); Escuta! (poema, 1898); Nênia (poema, 1899); Barcarola (poema, 1899)

 

A MENSAGEIRA – Revista literária dedicada à mulher brasileira. VOLUME II.  São Paulo. SP: Imprensa Oficial do Estaddo S.A. IMESP.   Edição fac-similar.  246 p.    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

ESCUTA!    

No álbum de Emma W. N. Paranaguá.

 

Vou de novo partir.  Cortar os mares
E campinas extensas, verdejantes;
Vai meu ser, em soluços lancinantes,
Habitar novamente extranhos lares.

De minha sina atroz crueis pezares
Obrigam-me a buscar terras distantes;
Não terei, nem siquer por uns instantes
Verdadeira afeição, n´esses logares.

Mas si a sorte de mim tiver piedade,
Um dia voltarei de meu degredo
A gosar teus carinhos de amizade...

Então, á sombra do arvoredo,
Eu triste, que definho de saudade
Talvez que te confie o meu segredo!

       Capital  30 – 12 – 98. 

 

NENIA

Ho detto al cuore al mio povero cuore, Perchè questo languor questo sconforto ? Ed egli mi ha risposto: è morto amore  Amore è morto.                                                                             STECCHETTI.

Na tumba do esquecimento
Onde jaz o nosso amor,
Costumo orar um memento
Para abrandar minha dôr.

Uma noite triste e calma
Sepultaste-o com desdém;
E nem viste que a minh'alma
Tu sepultavas também.

E' desde então meu fadário
E' meu constante desvelo,
Visitar o sanctuario
De um sonho que foi tão bello.

Levo uma flôr — a saudade —
Que emblema mais verdadeiro
Do pungir que então me invade.
Acharia o mundo inteiro?

E rezo, e imploro que um dia
Possas ouvir minha prece;
Que te commava a agonia
De um coração que languesce.

Que eu sinta ainda a sublime
Paixão, que tive um momento,
E sejas tu quem me anime
Neste extremo desalento.

Mas ah! meu corpo sem alma
Volta com os mesmos pezares!
Que a minha dôr não se acalma
Nem mesmo n'esses logares.

Infeliz, não sei mais onde
Procurar algum conforto;
Pois que uma voz me responde:
— Não revive o amor que é morto.

     Fazenda S. João da Barra, 4 de Agosto de 1899.

 

 

Página publicada em julho de 2019


 

 

 
 
 
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